O ator Bradley Cooper é rápido em dizer que “Sniper americano”, seu filme sobre o atirador da Marinha Cris Kyle, não é sobre o conflito no Iraque, mas um estudo de caráter íntimo do impacto angustiante de guerra em um soldado e sua família.

O ator duas vezes indicado ao Oscar, que também é produtor do filme dirigido por Clint Eastwood, planejava colaborar com Kyle para levar sua história para a tela grande.

Mas Kyle, ex-peão de rodeio, sobrevivente de quatro missões no Iraque e o atirador mais letal da história da Marinha, foi assassinado perto de sua casa Texas por um veterano descontente antes de que os dois tivessem a chance de se conhecer.

“É um filme sobre o que alguém como Chris, um soldado, tem que passar e sobre o dilema, o horror e a batalha interna e com a família”, disse Cooper sobre o filme que estreia dia 22 de janeiro no Brasil.

Embora Cooper nunca tenha conhecido Kyle, sua esposa deu ao ator acesso a e-mails pessoais que o casal trocou durante suas missões no Iraque e vídeos de família que o ator considerou de valor inestimável para encontrar a essência do soldado.

“Ela abriu sua vida. Não tivemos que criar nada com nossa imaginação, literalmente nada. Tudo o que tivemos que fazer foi absorver o que ela nos deu”, disse Cooper, candidato a melhor ator por “Trapaça” e “O lado bom da vida”, em entrevista a jornalistas.

O filme alterna entre cenas de batalha no Iraque, flashbacks de sua infância e regressos difíceis para casa, enquanto o casal tenta lidar com o impacto das experiências de Kyle em sua família. Cooper afirmou esperar que o filme abra os olhos dos espectadores para as lutas que os soldados enfrentam no campo de batalha e quando retornam para casa.

da Reuters