Perto de “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, “Laranja Mecânica” e “O Iluminado”, “Barry Lyndon” não chega a ser uma das obras mais populares da carreira de Stanley Kubrick. Independente da popularidade, o drama de época é uma obra fundamental dentro da filmografia do cineasta britânico. E o que é excelente poderia ter ficado ainda maior pela declaração do editor da produção, Tony Lawson.

Em entrevista ao Film Comment, Lawson declarou que Kubrick cogitou dois mestres para fazer a trilha sonora. “Realmente cogitamos Nino Rotta. Lembro também que mencionamos Ennio Morricone, mas, as coisas não foram adiante”, disse. Para quem não ligou o nome à pessoa, Nino Rotta ficou marcado para a história do cinema pela parceria com os mestres do cinema italiano Federico Fellini (“8 1/2” e “A Doce Vida”), Franco Zeffirelli e Luchino Visconti, além de compor a música-tema de “O Poderoso Chefão”. Já Ennio Morricone fez a grandiosas composições dos clássicos faroestes de Sergio Leone, a trilogia dos dólares.

De qualquer maneira, “Barry Lyndon” possui uma trilha repleta de músicas clássicas de mestres como Bach, Mozart, Schubert, entre outros. O filme conta as aventuras de um irlandês que, expulso de seu país, tem por objetivo alcançar a aristocracia e conquistar a felicidade, jogando, duelando e utilizando a arma da sedução.