Com mais de 30 filmes na carreira, dois Oscars e trabalhando ativamente como produtor, Steven Spielberg já tem o nome gravado na história da sétima arte e contribuiu para origem de muito cinéfilo. Mesmo passando praticamente por todos os gêneros, o diretor é marcado mesmo por sua excelência em trabalhar com ficção científica.

Com a estreia de “Jogador N°1”, foi me dada a missão de listar as melhores ficções cientificas e a pior do diretor. Aparentemente seria uma tarefa fácil, se não fosse uma lista de filmes tão equilibrada. Deixei trabalhos que gosto bastante de fora também.

Bem, então vamos a lista.

 5 – Jogador N° 1 (2018)

Fazia tempos que Spielberg não entregava um filme tão leve e divertido (“Tintim”, talvez, fora o último), com a alma daquele diretor que conquistou plateias do mundo inteiro. “Jogador N°1” faz uma grande homenagem a cultura pop dos anos 80/90 que o próprio diretor contribuiu bastante e o melhor: sem parecer soberbo. Talvez o filme mais divertido de 2018. Aproveite que está no cinema, compre a pipoca com refrigerante e de nada.


4 – Minority Report – A Nova Lei (2002)

Philip K. Dick é um dos grandes nomes da ficção cientifica. O escritor já teve várias de suas obras adaptadas para o cinema como “O Vingador do Futuro”, “Blade Runner” e Spielberg é um cara que dispensa apresentações. Junta os dois e adiciona Tom Cruise correndo em um futuro onde os crimes são prevenidos com videntes. Resultado: um enorme sucesso. Discussões sobre ética e livre arbítrio fazem do filme uma sci-fi bem competente.


3 – Contatos Imediatos de 3° Grau (1977)

“Stranger Things” puxou várias referências desse clássico aqui. A trilha sonora, fotografia, momentos antológicos e o Truffaut no elenco fazem desse um filme uma película obrigatória para qualquer amante de ficção cientifica. “Contatos Imediatos de 3º Grau” traz um grupo de pessoas tentando entrar em contato com alienígenas, bem o título já dá um grande spoiler.

Uma observação: eu desconfio caso o filme fosse feito hoje pelo diretor, ele teria um final diferente. É um Spielberg diferente que não queria apenas te fazer chorar, mas explodir a tua cabeça.


2 – ET – O Extraterrestre (1982)

“E.T” é um dos filmes que ajudaram a moldar o cinema dos anos 80 e marcou diversas gerações – um amigo meu chegou a cabular aula para assistir e a mãe deu uma surra nele no cinema. Nunca mais ninguém olhou para a lua cheia sem imaginar um menino na bicicleta. O menino Elliot faz uma amizade com um simpático alienígena e, ao lado dos amigos, se envolvem em várias confusões. O final é emocionante graças ao carisma da criatura e a trilha inesquecível de John Williams.

Novos Clássicos: Jurassic Park, de Steven Spielberg1 – Jurassic Park (1993)

Se “E.T” moldou os anos 80, o grande dos anos 90 foi esse. “Jurassic Park”, ou melhor “Parque dos Dinossauros”, marcou a década, principalmente, pelo salto em efeitos visuais e realismo de seus personagens (me refiro aos dinossauros mesmo). Se em “E.T” tem a lua cheia, aqui temos um copo de água.

No filme, um grupo de pessoas vai visitar um parque temático em uma ilha. As atrações do local são dinossauros de verdade. Após uma queda de energia, o caos se instala e não fica na teoria. Aqui, Spielberg cria cenas de tirar o fôlego, seja o T-Rex quebrando a cerca, correndo atrás de um Jipe ou de Raptors bagunçado uma cozinha. Estamos falando de um diretor maduro e que sabe conduzir sua plateia: o clímax é de arrepiar.

O PIOR

 O Mundo Perdido – Jurassic Park (1997)

C-H-A-T-O.

Essa palavra define a continuação de “Jurassic Park”. Apesar de possuir cenas interessantes como a dos T-Rex derrubando o caminhão em um penhasco, o filme se perde em uma trama tola e burra. Se o parque não deu certo na ilha, o que dirá trazendo para cidade? Para piorar, o roteiro ainda arruma um subtexto ambientalista raso – e que vai voltar agora para o quinto filme. Foi tão mal recebido que fez o diretor não querer mais tocar no material e apenas trabalhar como produtor nos capítulos seguintes.

Observação: Eu poderia pôr a edição especial de “E.T” aqui, mas não a considerei. Foi um momento que Spielberg brincou de George Lucas, além de mexer digitalmente em alguns aspectos visuais do filme. O diretor inseriu cenas que nada acrescentavam a trama. Uma bobagem que quase manchou um dos seus maiores clássicos. É para apagar da memória.