Nate Parker, diretor e astro de “The Birth of a Nation”, drama sobre a escravidão americana, disse que não se desculparia pela acusação de estupro que tem desviado a atenção do filme, apontado como um dos favoritos ao Oscar.

Parker, de 36 anos, frisou ao jornalista Anderson Cooper em uma entrevista que vai ao ar no domingo (2) no programa “60 Minutes”, da CBS News, que  foi absolvido no julgamento em 2001 do caso de estupro e pediu que as pessoas olhem para além do episódio e foquem no filme.

“Eu fui falsamente acusado. Eu fui ao tribunal. Eu me sinto terrível por essa mulher não estar aqui. A família dela teve que lidar com isso, mas, sentado aqui, minha resposta para um pedido de desculpa é ‘não'”, disse em um trecho da entrevista disponibilizados nesta quinta (29).

A acusação de estupro e a revelação em agosto de que quem acusava Parker havia se suicidado em 2012 dominam as conversas sobre o filme que será lançado em 7 de outubro.

O filme conta a história do pregador Nat Turner, interpretado por Parker, que em 1831 lidera uma rebelião de escravos na Virgínia. Na trama, ele inclui uma cena de estupro na qual a mulher de Turner é a vítima.

Sharon Loeffler, irmã da mulher que acusou Parker, escreveu na revista “Variety”, nesta quinta-feira, que ela poderia “somente imaginar a dor que a irmã estaria sentindo agora vendo Nate Parker promovendo o seu novo filme”.

da Agência Reuters