O hit cinematográfico “Gravidade”, dirigido em 2013 por Alfonto Cuarón, é alvo de uma disputa judicial milionária. Acontece que a escritora Tess Gerritsen afirma que muito da trama do filme foi “emprestada”, sem a devida autorização, de uma obra sua, cujo título é (adivinha?) “Gravidade”, lançada há uma década. A escritora então deu início a uma ação contra a Warner Bros. e a New Line Cinema.

Agora, a decisão da briga saiu, e é impactante para toda a indústria cinematográfica norte-americana. A Justiça decidiu que quaisquer direitos vendidos à New Line Productions podem ser livremente explorados pela Warner Bros. sem o autor original questionar a decisão ou receber crédito pelos filmes desenvolvidos a partir das obras cujos direitos foram adquiridos. Resumindo: os créditos sobre a obra de Gerritsen, que foram adquiridos pela New Line em 1999, não gerarão lucro à autora depois que a Warner Bros. adquiriu a produtora em 2008! Para complicar ainda mais a situação, os direitos de “Gravidade”, o livro, também já passaram pelas mãos da Fox, além de Gerritsen estar ciente do processo há um bom tempo.

Com a compra e venda de empresas menores por parte de grandes conglomerados midiáticos como a Warner, o caso abre precedente para mais ações semelhantes. Além disso, serve de sinal de alerta para escritores que vendem os direitos de suas obras aos estúdios que podem, eventualmente, ser comprados por outros grupos maiores e invalidar acertos iniciais junto aos autores.