O ator Michael Douglas negou ter se masturbado na frente de uma escritora há mais de 30 anos, uma acusação que ainda não tinha divulgada, mas que circulava nas últimas semanas por diferentes meios de comunicação especializados em Hollywood.

O portal Deadline publicou na noite desta terça-feira uma longa entrevista exclusiva com Douglas, de 73 anos, que quis adiantar-se assim a uma possível polêmica por assédio sexual antes que fosse publicada.

“É uma completa mentira, uma falsificação, não há nada sério nisso”, garantiu o ator.

Douglas explicou que em dezembro foi contatado pela revista “The Hollywood Reporter” sobre uma informação a respeito de uma funcionária que trabalhou com ele “há aproximadamente 32 anos”.

Segundo afirmou a suposta vítima a “The Hollywood Reporter”, em uma ocasião Douglas se masturbou na frente dela, a despediu e a impediu que obtivesse outro emprego na indústria do cinema, além de ter usado expressões lascivas em relação a ela na presença de outras pessoas.

O ator se desculpou se em alguma ocasião se expressou de maneira inadequada na sua presença, mas negou as outras duas alegações: que a boicotou profissionalmente e que a assediou sexualmente.

A revista “Variety” também entrou em contato com o advogado de Douglas para indagar sobre esse possível caso.

De acordo com as declarações de Douglas, a suposta vítima, que não teve seu nome revelado, é uma escritora que trabalhou em uma empresa do ator e que agora quer publicar um livro sobre sua vida com um capítulo dedicado ao seu período com o astro.

Douglas assegurou que se orgulha de ter apoiado o movimento feminista durante toda sua vida e disse que respalda “de todo coração” a iniciativa “me too”, promovida por vítimas de abusos sexuais para denunciar seus agressores.

Após o escândalo em torno do produtor Harvey Weinstein, acusado de dezenas de casos de agressão sexual, Hollywood vive imersa em uma enorme polémica perante a aparição constante de novas revelações do mesmo tipo que envolvem artistas como Kevin Spacey, Dustin Hoffman, Brett Ratner, John Lasseter, Louis C.K. e Bryan Singer.

da Agência EFE