O procurador-geral do estado de Nova York, Eric Schneiderman, anunciou neste domingo (11) que apresentou uma ação judicial contra o ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein e sua empresa por não proteger seus funcionários de casos de assédio e agressão sexual.

“A ação do procurador-geral garante que executivos da empresa e da direção fracassaram repetidamente em proteger funcionários de contínuo assédio sexual, intimidação e discriminação do então presidente Harvey Weinstein”, afirma a procuradoria em um comunicado.

O magnata de Hollywood é protagonista de um escândalo desde que o jornal “New York Times” publicou em outubro que ele fez pelo menos oito acordos não divulgados com mulheres envolvendo assédio sexual e contato físico indesejado.

Mais de 70 mulheres acusaram Weinstein de comportamento sexual inadequado, inclusive de estupro. Atrizes como Uma Thurman, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie, Rosanna Arquete e Salma Hayek já o acusaram. Várias vítimas acionaram a Justiça, mas, até o momento, ele não foi indiciado em nenhum caso.

Weinstein, que nega ter tido qualquer relação sexual não-consensual, é investigado pela polícia de Londres, Nova York e Los Angeles.

Harvey Weinstein era um dos mais poderosos produtores de cinema de Hollywood. Após as acusações, ele foi demitido de seu estúdio cinematográfico, a Weinstein Company. A designer de moda Georgina Chapman, com quem foi casado por 10 anos, anunciou que decidiu se separar do produtor.

Weinstein trabalhou em filmes como “Pulp fiction” (1994) e “Gangues de Nova York” (2002). Em 1999, ganhou um Oscar por “Shakespeare apaixonado”.

Desde outubro, centenas de mulheres acusaram importantes empresários, políticos e personalidades da indústria do entretenimento de abuso sexual, se unindo ao movimento virtual “MeToo”, que chama atenção para casos de violência sexual nos Estados Unidos.

do site G1