Transformar poemas em videoarte. Esse é o objetivo do projeto “Exposição Digital – Videopoesias na rua”. Nele, o artista amazonense Rafael Cesar revitaliza poemas do primeiro livro ao lado de obras inéditas escritas durante a pandemia da COVID-19 em uma combinação com audiovisual e intervenção urbana.
No total, 30 poesias são transformadas em videoarte, elaborados por diversos artistas, propondo um trabalho coletivo de diferentes estéticas, cada qual com a assinatura dos artistas responsáveis pela direção/edição.
Cris Silva, Ana Paula Lustosa, Isabela Valle, Felipe Fernandes, Ícaro Lima, Rafael Anaroli e César Nogueira foram os responsáveis por transpor texto para audiovisual, a partir da criação de vídeos com diversas técnicas e métodos que compõem essa experiência artística. Miriam Simões, Rebeka Santos (Rebekhaos), Welltalvez e David Lillo fizeram a trilha sonora, enquanto Lady Abrantes ficou na revisão dos textos e produção da exibição.
A “Exposição Digital – Videopoesias na rua” acontece em vias públicas de forma sequencial, interferindo artisticamente no cotidiano das pessoas que passariam normalmente pelos lugares escolhidos pelo projeto.
A primeira exibição foi realizada no bairro Nova Vitória, na zona norte de Manaus. com o apoio do Instituto Sol. Já a segunda ocorrerá no final de maio no Monte das Oliveiras em parceria com o projeto Soul do Monte. Posteriormente os vídeos serão lançados nas redes sociais do projeto.
FORÇA DO COLETIVO
Segundo Rafael, a exposição pretende chegar a um público maior e mais diverso, ocupando espaços urbanos que geralmente, e de forma errônea, não são compreendidos como propícios para o consumo de arte; promover um trabalho artístico coletivo, o que permite que o texto vire algo diferente; e incentivar a produção e consumo de vídeo arte, como vídeo poesia, video mapping e vídeo dança.
“Acredito muito no trabalho coletivo, gosto de perder a autoria da criação. Deixa de ser um trabalho só meu, ou só do videomaker e se torna uma terceira coisa. Em geral, acaba por ser surpreendente, permitindo uma releitura mais rica do sentido/sentimento inicial do poema”, afirma Rafael Cesar.
O projeto foi contemplado pelo Programa Cultura Criativa – 2020/Lei Aldir Blanc – Prêmio Feliciano Lana do Governo Do Estado Do Amazonas, com apoio Do Governo Federal – Ministério Do Turismo – Secretaria Especial Da Cultura, Fundo Nacional De Cultura.
com informações de assessoria