Cinema e esporte são dois temas que, volta e meia, se cruzam. Quando o tema é Olimpíada, então, o casamento fica ainda mais interessante. De “Carruagens de Fogo” à tragédia – real – lembrada em “Munique”, a sétima arte já deu seus pulinhos na Vila Olímpica em busca de boas histórias.

E, como hoje encerram as Olimpíadas mais malucas dos últimos tempos, nada melhor que recapitular essas duas últimas semanas à moda do Cine Set. Entre superação e ouros finalmente conquistados, foram muitas as histórias que dariam um filme – e a gente resolveu selecionar algumas. Vamos lá!


5. Rafaela Silva, a ‘menina de ouro’

Da Cidade de Deus para o topo do pódio. A judoca emocionou todo o país ao inaugurar o nosso “arsenal” de medalhas de ouro na Rio-2016 e tem uma história de muita luta, principalmente fora dos tatames. Seria bacana ver uma heroína do nosso esporte na telona, até porque sua trajetória pode inspirar muitas crianças como ela.


4. Bolt, a lenda

Cada Olimpíada precisa ter ao menos uma lenda. A Rio-2016 teve Simone Biles, claro, mas foi o jamaicano Usain Bolt que ganhou de vez o coração da torcida. Não dá para ignorar o carisma do ‘raio’, que se rendeu até à turma de Neymar. Como não torcer para ele?


3. O ‘centauro’ das águas

Nunca chegamos perto de ter um Usain Bolt ou um Michael Phelps, mas, nesta última semana, vimos um brasileiro conquistar três medalhas. O ouro de Isaquias Queiroz não veio, mas a história do canoísta baiano lhe rendeu muitos fãs em todo o país. Em seus 22 anos de vida, Isaquias perdeu um rim, sofreu uma grave queimadura na infância, teve um acidente de carro e ainda foi vítima de um “rapto”. Se a história de José Aldo rendeu um filme, por que não a do “centauro”?


2. A heroína de Porto Rico

Até a semana passada, Porto Rico nunca havia ganhado uma medalha de ouro sequer – em nenhuma Olimpíada. Veio a tenista Monica Puig, que nunca havia obtido nenhum resultado expressivo no circuito, e derrotou a campeã de Roland Garros Garbine Muguruza, a bicampeã de Wimbledon Petra Kvitova e a número 2 do mundo Angelique Kerber. A façanha a colocou no lugar mais alto do pódio e fez todo mundo chorar. Em uma versão para o cinema, Ana Claudia Talancon poderia viver Puig, Kate Mara seria Kerber, Ricky Martin participaria como ele mesmo e Guga também apareceria porque, bem, todo mundo gosta do Guga.



1. Lochtegate

Não dá para ignorar a mentira mais mal contada dessa Rio-2016. O nadador Ryan Lochte, ganhador de várias medalhas de ouro, resolveu comemorar a participação na Olimpíada com uma noitada entre amigos. O resultado foi uma história para boi dormir, contada para o país que desmascarou a grávida de Taubaté. De tão absurdo, o “Lochtegate” poderia render fácil uma daquelas comédias à la “Se Beber Não Case”, onde um grupo de homens acha que pode fazer tudo. O elenco? Ryan Reynolds (Lochte) e outros atores brancos e aleatórios tipo Taylor Kistch, Scott Eastwood e Lucas Till nos papéis dos nadadores arruaceiros. Participação especial de Milhem Cortaz na pele do policial que retira os atletas do avião para depor.