Então, tá: “Star Wars – O Despertar da Força” estreia amanhã! Até agora, o marketing do filme está vendendo bem a ideia de que ele será um sucesso e agradará gregos e troianos, de maneira que a ansiedade está alta entre os fãs.

No entanto, não podemos esquecer que, a despeito da paixão que provoca e das bilheterias que coleciona, a série Star Wars tem suas falhas. Enquanto muitas passam despercebidas por conta do fervor do “fandom”, outras costumam ser apontadas à exaustão.

A meras horas de conferir o novo capítulo da franquia, o Cine Set olha para trás e relembra tudo o que não gostaríamos de ver no novo filme, a começar por:

  1. Coadjuvantes irritantes

Com o futuro longe das mãos de George Lucas, os novos realizadores de Star Wars poderiam dispensar a mania do antigo capitão da série em colocar coadjuvantes irritantes dos quais adoraríamos nos livrar. Eles não eram necessariamente inúteis – Jar Jar Binks, o gungan do Episódio I que virou o símbolo de tudo o que as pessoas não gostaram na nova trilogia, desencadeia quase sozinho o terceiro ato de ‘A Ameaça Fantasma’ –, mas incomodavam a beça.

  1. Diálogos risíveis

O não envolvimento de Lucas pode trazer alívio para quem ficou traumatizado sobre o discurso de Anakin Skywalker sobre areia no Episódio II. Lawrence Kasdan, que co-escreveu o roteiro do filme tido como o melhor da saga (Episódio V), co-escreveu o novo, o que é bom sinal – que ele tenha trabalhado em cima de um rascunho inicial de Michael Arndt (roteirista do sublime “Toy Story 3”) é melhor ainda. Torçamos.

  1. Antigos protagonistas sumidos

George Lucas já tinha dito que seu plano original para os novos filmes não envolvia Luke Skywalker, Leia Organa e Han Solo. Já que a Disney decidiu mantê-los no jogo, o que não queremos é vê-los relegados a segundo plano somente com a missão de explicar os acontecimentos dos filmes anteriores para os novos protagonistas e passar o bastão para eles combaterem o mal. Pelo trailer, Han aparentemente será um personagem-chave. Vejamos os demais.

  1. Excesso de CGI

Enquanto a nova trilogia merece crédito por dar vida a planetas interessantes como Naboo e Tatooine (mais sobre planetas de SW aqui), o fato é que muitas pessoas não superaram o batalhão de telas verdes, que deixou muitas cenas sem a pegada física que tornaram várias cenas da trilogia original icônicas (você ainda adora aqueles Star Destroyers mesmo sabendo que eles são maquetes!). Com a produção se dando ao trabalho de gravar um vídeo explicando como eles estão tentando fazer o novo filme à moda antiga, parece que eles estão contornando este problema.

  1. Atuações horrendas

Falando em gente que não superou as telas verdes, quem se lembra de Natalie Portman, uma das melhores atrizes de sua geração, rendida inerte no papel da Padmé Amidala? Foi o cenário digital? Foi a falta de tato de George Lucas? Não se sabe, mas não gostaríamos de ver performances do gênero em “O Despertar da Força”. Com um elenco que inclui Lupita Nyong’o e Oscar Isaac, temos esperanças.

  1. Política sem ação

Uma nota pessoal: para ser sincero, não partilho da reclamação constante contra a nova trilogia que prega que ela se ateve demais à política interplanetária em detrimento de batalhas espaciais. Claro, teria sido bom que um meio-termo tivesse sido alcançado, mas toda a política dos Episódios I, II e III deram bem-vindos tons de cinza a uma galáxia em que tudo era muito preto no branco. Como o novo parece mais feito para fãs, não veremos tanta política, mas se a virmos, não queremos que ela venha tão desprovida de ação como outrora.

  1. Unidimensionalidade

Nos acostumamos a ver personagens unidimensionais em Star Wars e, enquanto muitos deles funcionam, não gostaríamos de ver os novos personagens caírem nesta armadilha: pelo que vimos nos trailers, há muito para ser explorado em Finn (John Boyega), Rey (Daisy Ridley) e no vilão Kylo Ren (Adam Driver). Seria uma bela oportunidade para a série variar o maniqueísmo que, muitas vezes, permeou a trama.