Clássicos

No polêmico Oscar de 1977 quando “Rocky” superou “Todos os Homens do Presidente” e “Taxi Driver”, “Rede de Intrigas” era um coadjuvante na disputa. Mas que coadjuvante! A produção dirigida pelo mestre Sidney Lumet conta com uma atuação histórica de Peter Finch com discursos furiosos. Um filme essencial para jornalistas. // Quando se fala em “Scarface”, o inconsciente coletivo remete a Al Pacino no longa dirigido por Brian de Palma. Howard Hawks, entretanto, já havia feito uma versão da história do mafioso, em 1932. Uma produção importante feita nos primeiros passos do cinema sonoro.

Netflix: Rede de Intrigas
Now: Scarface – A Vergonha da Nação


Cults

Sem dúvida, Charlie Kaufman é um dos nomes mais criativos e interessantes do cinema americano. Em “Sinédoque Nova York”, o diretor e roteirista eleva o grau de inventividade ao misturar cinema, teatro e a vida em um jogo de metalinguagem capaz de dar um nó na cabeça do espectador. Independentemente se vamos ou não conseguir atingir todas  as complexas camadas da obra, é um filme para ser admirado. // François Ozon é um dos diretores mais interessantes do cinema europeu com boas produções sempre com um toque provocativo: “Potiche – Esposa Troféu”, “Dentro de Casa”, “Jovem e Bela”, “Swimming Pool”. Desta vez, o retorno com “Uma Nova Amiga” cria um clima de suspense para ousar na temática. Vale a pena ser descoberto.

Netflix: Sinédoque, Nova York
Now: Uma Nova Amiga


Recentes

Bill Murray salva “Um Santo Vizinho” da mesmice. O filme é o tradicional “feel good movies”, produções feitas para você sair com aquele clima de bem-estar da sessão. Aqui, entretanto, a fórmula se mistura com o cinismo do comediante para ganhar força. // A parceria entre Noam Baumbach e Greta Gerwig é retomada após o belo “Frances Ha”. Em “Mistress America”, a discussão sobre sonhos da atual geração e os caminhos a serem seguidos em um universo tão amplo misturado a questões intimistas estão lá como marcas características do diretor.

Netflix: Um Santo Vizinho
Now: Mistress America


Cinema Nacional

Ao lado de Dora Jobim, o mestre Nelson Pereira dos Santos tinha como missão contar a história de Tom Jobim. E o que melhor do que deixar as músicas fazerem esse papel? Durante 1h20, o documentário emenda um clássico atrás do outro da Bossa Nova para deleite do espectador. // Enquanto os complexos cinematográficos com sons Dolby Surrond Atmos Prime Mega Plus Ultra, cadeiras reclináveis e garçons personalizados transformam o filme em detalhe em uma ida ao cinema, “O Último Cine Drive-In” recorda a experiência desses espaços para os amantes da sétima arte. Nada mais bonito do que ver um ator tão fundamental para a produção nacional como Othon Bastos e pequenas homenagens à história do cinema (o nome do protagonista é Marlon Brando) no decorrer da projeção. Tudo isso faz do longa uma delícia para os cinéfilos.

Netflix: A Música Segundo Tom Jobi
Now: O Último Cine Drive-In


Vale a Pena Ver de Novo

O suspense com cara de Supercine, “Olhos da Justiça”, chegou aos cinemas neste mês de dezembro e empalidece demais na comparação com o original argentino. “O Segredo dos Seus Olhos” é muito mais filme desde a direção de Juan José Campanella, passando pelas atuações de Ricardo Darín, Soledad Villamil e Guillermo Francella até a ambientação de ameaça da ditadura argentina como alimentador daquela violência e impunidade vista na tela. // “O Casamento do Meu Melhor Amigo” é aquela comédia romântica bobinha que você vai assistindo, assistindo e, quando percebe, já terminou. A história é redondinha com boas atuações de Julia Roberts, Cameron Diaz e, especialmente, de Rupert Everett Scott, além de contar com ótimos números musicais. Um filme despretensioso.

Netflix: O Segredo dos Seus Olhos
Now: O Casamento do Meu Melhor Amigo