Conhecida por ter vivido Hermione na série “Harry Potter”, Emma Watson se tornou símbolo da luta pelos direitos das mulheres. Em entrevista à revista People, a atriz afirmou que não se afeta com as críticas e provocações recebidas desde que decidiu dar uma pausa de um ano na carreira para se dedicar ao movimento feminista.

Uma das principais bandeiras defendidas por Emma Watson é pela igualdade no pagamento salarial entre homens e mulheres ao redor do mundo, inclusive em Hollywood. Segundo ela, atrizes que lutam por esta causa podem acabar sendo vistas como ‘difíceis’ ou ‘divas’. Ela, entretanto, defende que devesse brigar mesmo assim. “Há uma vontade de dizer para quem nos critica: ‘tudo bem. Me chame de diva, feminazi, difícil, maior feminista do mundo, me chame do que você quiser’. Não vou parar de tentar realizar as coisas certas e fazer com que elas aconteçam. Porque essas críticas não me afetam”, declarou.

Embaixadora das Nações Unidas e fundadora da organização HeForShe, Emma Watson afirma que o problema da desigualdade salarial entre homens e mulheres acontece no mundo inteiro seja em uma plantação no Quênia, em Wall Street ou Hollywood. A atriz ainda contou experiências traumáticas enfrentadas ao longo da vida.

“Já deram um tapa na minha bunda quando deixava um quarto. Já me senti assustada andando para casa. Pessoas já me seguiram. Não falo muito sobre essas situações porque podem soar como um grande negócio do qual estaria me aproveitando. Não quero isso sobre mim, mas, a maioria das mulheres que conheci viveram casos semelhantes ou até piores”, relatou Emma Watson. A atriz ainda afirmou que a meta da HeForShe é sensibilizar os homens sobre esses tipos de experiências vividas pelas mulheres ao redor do mundo.

Antes da pausa de um ano, Emma Watson deixou quatro filmes prontos com estreias nos próximos meses: o suspense “Regressão” ao lado de Ethan Hawke, o drama “Colonia” e o thriller “The Circle” chegam ao Brasil neste ano, enquanto a versão live-action de “A Bela e a Fera” tem lançamento marcado apenas para 2017 no mundo inteiro.