O processo de regionalização da produção audiovisual proposto pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) nos últimos anos vem gerando bons frutos para o cinema amazonense. Sérgio Andrade, por exemplo, lança o segundo longa da carreira, “Antes o Tempo não Acabava”, em novembro nas salas nacionais, enquanto finaliza as gravações de “A Terra Negra dos Kawá”. Anderson Mendes e Christiane Garcia também preparam as estreias em longas. Isso para não falar das boas participações em festivais internacionais dos curtas de Aldemar Matias e Rafael Ramos.

Criada por Carlos Barbosa, Clemilson Farias e Rodrigo Grillo, a empresa Leão do Norte (clique aqui e conheça o site) aproveita este cenário de crescimento da cena local para investir na profissionalização do audiovisual da região Norte do Brasil. O grupo trabalha em quatro áreas:

  • oficinas/palestras (legislação e políticas públicas; produção executiva e direção de produção);
  • consultoria (registro na Ancine; formatação de projetos; prestação de contas; mecanismo de fomentos);
  • produção (produção executiva e direção de produção; pesquisa e produção de locação; institucionais);
  • distribuição (inscrição em festivais e gestão de cópias).

O diagnóstico desta necessidade de uma visão mais voltada para a gestão empresarial e logística da produção audiovisual da Região Norte do Brasil veio a partir do trabalho de Carlos Barbosa e Clemilson Farias à frente do escritório regional da da Linha de Produção Conteúdos Destinados às TVs Públicas.

“Percebemos que havia muita gente que não entendia ou achava difícil o processo de cadastro na Ancine, fazer o projeto além da parte artística. Para dar esta guinada rumo ao profissionalismo, é preciso, junto com o lado artístico, ter uma visão mais empresarial, de negócios. A falta disso acaba sendo um empecilho para crescer ainda mais e receber os recursos totais deste processo de regionalização”, afirmou Clemilson que ficou 3,5 anos na linha.

Para Carlos Barbosa, uma organização maior do projeto pode ajudar no processo de gravação. “Encontramos casos de pessoas que tinha o roteiro e já saia fazendo. Pretendemos mudar isso: procuramos não ficar pensando apenas em gravar; vamos ler e ajudar a desenvolver. Sentimos que se muitos filmes tivessem uma fase mais detalhada de planejamento, a execução poderia ser também muito melhor”, afirmou, o produtor paulista que está em Manaus há 2,5 anos.


Encontro de negócios previsto para 2018

Integrar a cadeia produtiva da região norte brasileira e promover o empreendedorismo no audiovisual local também faz parte dos planos da Leão do Norte. Para 2018, a empresa pretende promover um evento de mercado com rodadas de negócio e pitching aberto. Segundo Clemilson, reuniões com possíveis parceiros já estão em andamento para viabilizar o encontro a ser realizado em Manaus.

“Um evento deste tipo ajuda no network. Acho que, muitas vezes, as pessoas se fecham demais em seus projetos e empresas. É preciso haver mais troca. Isso pode ajudar até mesmo no amadurecimento da ideia que você tem, pois, uma outra pessoa pode olhar e trazer novas ideias e conceitos”, acredita Carlos Barbosa.

Mais informações e contatos sobre a empresa, você pode conferir no site da Leão do Norte (clique aqui).