Se você pensa sempre nas mesmas músicas famosas quando alguém fala em filmes musicais, a playlist do Cine Set de hoje foi feita sob medida para conhecer um pouco mais. Nada de Singin’ in the RainElephant Love MedleyAll That Jazz nem The Sound of Music: nada contra, mas, desta vez, embarcamos no “lado B” dos musicais, trazendo aquelas canções alternativas que quase ninguém lembra, seja de filmes populares ou de longas menos conhecidos e mais cult.

Por isso, nossa seleção começa com duas “B-sides” de sucessos recentes: de Moulin Rouge (2001), temos El Tango de Roxanne”, uma das músicas que embalam a sofrência de Ewan McGregor; e de Chicago (2002), Queen Latifah rouba a cena das protagonistas vividas por Renée Zellweger e Catherine Zeta-Jones com When You’re Good to Mama”. Partindo para o panteão dos clássicos, com Cantando na Chuva (1952), ignoramos Gene Kelly e colocamos Make ‘Em Laugh”, número musical subestimado de Donald O’Connor. Qualidades cinematográficas à parte, selecionamos também Buenos Aires”, de Madonna, em Evita (1996), e “Take It All”, cantada por Marion Cotillard em Nine (2009). Na vibe nostalgia, temos “Chica Chica Boom Chic”, de Carmen Miranda, do filme Uma Noite no Rio (1941).

A seleção passa então para o rol das músicas mais “exóticas”: um coro de crianças canta sobre espermas sagrados em “Every Sperm Is Sacred”, da comédia Monty Python e o Sentido da Vida (1983); Johnny Depp e Helena Bonham Carter cantam sobre tortas feitas com carne de padres, marinheiros e poetas em “A Little Priest”, de Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007); e um juiz eclesiástico (!) canta sobre seu desejo carnal ardente por uma cigana (!) na animação infantil (!) O Corcunda de Notre-Dame (1996), provando que a Disney era bem sinistra nos anos 90. Já o Brasil entra na lista com Ney Latorraca entoando o “Hino da Repressão”, do musical Ópera do Malandro (1985).

Para concluir, entramos nas músicas lentas (ou até terrivelmente tristes): “Over at the Frankenstein Place”, de The Rocky Horror Picture Show (1975); a francesa Sous Le Soleil Exactement, escrita por Serge Gainsbourg para Anna (1967); as melancólicas “Easy to Be Hard”, do grandioso Hair (1979), e “Pourquoi Viens-Tu-Si-Tard”, do intimista e belo Canções de Amor (2007). Fechando a playlist, a islandesa Björk realiza o sonho molhado de muito indie e canta junto com Thom Yorke a triste “I’ve Seen It All”, presente em Dançando no Escuro (2000), protagonizado por ela mesma.

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