Na década de 1980, a maior barragem hidrelétrica da floresta amazônica foi construída na cidade de Tucuruí – PA para fornecer energia à indústria do alumínio. Quarenta anos depois, as pessoas que moram nas ilhas do rio Caraipé, dentro do reservatório da usina, ainda não têm acesso à eletricidade em suas casas. Um cineasta e sua equipe chegam ao local para filmar o resultado da busca desenfreada do homem pelo desenvolvimento, refletido em uma comunidade que vive há décadas com os impactos sociais e ambientais de um grande projeto na Amazônia.

Esta é a premissa de “O Reflexo do Lago”, primeiro longa-metragem do diretor Fernando Segtowick, distribuído pela Elo Company e que estreia em Manaus no Casarão das Ideias no dia 18 de agosto. O filme teve estreia mundial na Mostra Panorama do Festival de Berlim em 2020 e foi selecionado para festivais na França, Itália, Irlanda, Estados Unidos, Kosovo e Colômbia.

Produzido pela Marahu Filmes, o documentário permite que o espectador se transporte para a região amazônica e acompanhe o impacto causado, tanto na vida de seus habitantes como na transformação permanente da mata ao redor.

“O Reflexo do Lago é um convite para que se juntem a nós, em meio aos moradores do Rio Caraipé e das árvores mortas pela hidrelétrica de Tucuruí. É um convite ao público para ver a destruição da floresta e o desaparecimento de animais, mas também, é uma chance para que possam viajar no barco do Seu Manduca e ver aquela gente que também dança, reza, sorri e vive. Essa população resiste apesar do poder dos ciclos econômicos e dos governantes que continuam a assombrá-la, em uma história que é a própria história da Amazônia”, comenta o diretor.

Programação:

Casarão das Ideias

Quinta (18/08) – 19h30

Sábado (20/08) – 16h00