ALERTA: MUITOS, MUITOS SPOILERS!

O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PMDB-PA), trouxe uma reviravolta para o mundo político nesta segunda-feira (9). O parlamentar acolheu pedido do Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e anulou a sessão da Casa sobre a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorrida no dia 17 de abril.

Para homenagear a política brasileira e seus capítulos cada vez mais surpreendentes, o Cine Set resolveu listar as 10 maiores reviravoltas da história do cinema:

o sexto sentido bruce willis10 – O Sexto Sentido

Um menino que vê gente morta.
Um psicólogo tentando ajudar o garoto.
E a surpresa: o psicólogo está morto.
Saudades Shyamalan no auge.


9 – O Gabinete do Doutor Caligari

O clássico alemão e mudo dirigido por Robert Weine traz aquela que provavelmente é a primeira grande reviravolta a surpreender o público na história do cinema: durante todo o filme acompanhamos o misterioso Dr. Caligari e seu acompanhante, o sonâmbulo Cesare, enquanto realizam seus shows, e os eventos estranhos que os cercam. Então, no fim do filme, descobrimos que toda a história era apenas uma sucessão de delírios por parte do narrador, preso numa instituição psiquiátrica. Em Caligari, um dos primeiros filmes de terror do cinema, a reviravolta orgânica e completamente de acordo com a estética expressionista do filme influencia cineastas até hoje.

cidade dos sonhos david lynch8 – Cidade dos Sonhos

Tudo transcorre estranhamente normal em “Cidade dos Sonhos” para os padrões de um filme de David Lynch.
Mas, eis que surge uma caixinha azul achada na bolsa de Rita (Laura Harring).
A partir daí, tudo se altera e o filme leva o público a um mundo de enigmas para muitos indecifráveis até hoje.

memento-17 – Amnésia

O filme que revelou para o mundo o cineasta Christopher Nolan já é bem enrolado: além de ser contado de trás pra frente, apresenta também uma linha narrativa em preto-e-branco que progride normalmente e, com o tempo, se encontra com a principal. Tudo para nos pôr na mente do protagonista, Leonard, um sujeito incapaz de reter novas memórias e que deseja encontrar e matar o assassino da sua esposa. O problema (e aí vem a reviravolta)… é que Leonard já o matou, anos antes, mas essa memória não se fixou na sua mente e ele começou a ser usado por sujeitos que exploram a sua condição.  Essa reviravolta dá o tom de tragédia à história, expondo o problema de um homem condenado a repetir o mesmo erro, e explora uma noção muito humana: certas memórias são incômodas ou prejudiciais demais para lembrar.

fight-club36 – Clube da Luta

Depois de O Sexto Sentido, essa é a reviravolta mais lembrada das últimas décadas no cinema. Na fantasia maluca de David Fincher, o narrador vivido por Edward Norton vê sua vida mudar ao conhecer Tyler Durden (Brad Pitt) e embarcar na sua onda de violência contra o sistema. Inevitavelmente, os espectadores de primeira viagem ficam coçando a cabeça quando, no meio do filme, é revelado que Tyler não existe, é uma criação da mente insone e perturbada do protagonista. Clube da Luta foi um fracasso na época em que saiu, hoje é considerado um dos melhores filmes americanos a lidar com a angústia pré-milênio e com as ansiedades masculinas. E esses temas são perfeitamente encapsulados no “amigo imaginário” que continua dando um nó na cabeça dos espectadores desde 1999.


5 – Star Wars – O Império Contra-Ataca

“Star Wars” seguia a linha da luta mocinho contra vilão durante boa parte dos dois primeiros filmes.
A revelação de Darth Vader a Luke Skywalker, entretanto, muda os rumos da história, dando novas perspectivas para o que vimos até ali.
E colocou a saga de George Lucas no patamar dos clássicos do cinema americano.


4 – Os Suspeitos

Keyser Söze. Keyser Söze. Keyser Söze. Keyser Söze. Keyser Söze.
Esse nome fica na cabeça do espectador durante toda a projeção de “Os Suspeitos”.
Quem diria, entretanto, que a tal figura ameaçadora viria de um sujeito franzino e aparentemente inofensivo?
Méritos de Bryan Singer e, claro, Kevin Spacey!


3 – Oldboy

No filme do diretor sul-coreano Park Chan-wook, o esquisitão Oh Dae-Su (Choi Min-sik) é sequestrado e mantido preso num apartamento por 15 anos. Quando sai, é quase um animal e precisa descobrir quem o prendeu. Uma das poucas pessoas a quem ele se afeiçoa é a jovem Mi-do (Kang Hye-jung). Porém, até essa afeição faz parte do plano de vingança contra o protagonista: no final, é revelado com máximo efeito que Mi-do é a filha de Oh Dae-Su, e o caso amoroso dos dois foi arquitetado pelo vingativo Lee Woo-jin (Yoo Ji-Tae). Por incrível que pareça, este é apenas um dos momentos chocantes deste que foi um dos mais vibrantes e criativos filmes da década passada.


2 – Psicose

Primeiro, a morte da protagonista na metade do filme.
Depois, a revelação de que o filho era a mãe o tempo todo.
Com o auxílio primoroso da trilha sonora de Bernard Herrmann, Alfred Hitchcock atingiu o auge de uma carreira marcada por tramas repletas de reviravoltas com o terror provocado por Norman Bates.


1 – O Planeta dos Macacos

O que seria de “O Planeta dos Macacos” sem a cena final?
Talvez, uma competente ficção científica, nada memorável, estrelada por Charlton Heston.
A aparição da Estátua da Liberdade destruída em um mundo pós-guerra nuclear é um soco atordoante no espectador até hoje sobre o ponto em que a ganância e a briga pelo poder podem levar a humanidade.
Inesquecível, no mínimo.

MENÇÕES HONROSAS:

Traídos pelo Desejo (1992): A mulher era um cara!

Seven (1995): O assassino sinistro se entrega, e o espectador fica se perguntando “O que mais pode acontecer nesta meia hora que falta para o filme acabar”?

Vidas em Jogo (1997): Era tudo um jogo! Na década de 1990, Fincher gostava mesmo dessas reviravoltas.

Chinatown (1974): “Ela é minha irmã! E minha filha!”.

A Vila (2004): Eles não estão vivendo no passado…