A noite deste domingo (24) concentrou olhares de todo o país em torno do Cine Brasília, um dos mais longevos lares do cinema nacional, durante o encerramento do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Apresentada pelos atores Caco Ciocler e Mariana Nunes, a cerimônia de encerramento premiou as produções eleitas pelo Júri Oficial e Popular com o cobiçado Troféu Candango, um dos mais prestigiados prêmios do cinema brasileiro. No total, o Festival apresentou 144 obras que compuseram mostras competitivas e retrospectivas, durante 10 dias de evento, propondo uma reflexão sobre o presente e o futuro do audiovisual brasileiro.

Antes das premiações, o secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, parabenizou todos os envolvidos na edição comemorativa do Festival. Lembrou, ainda, do fortalecimento da aliança com a Universidade de Brasília, além da iniciativa inédita do Ambiente de Mercado. “Experimentar o Festival de Brasília é o principal prêmio deste evento. Já estamos na caminhada para os próximos 50 anos. Nos vemos em 2018”, completou o secretário.

O Júri Oficial do Festival premiou o longa metragem “Arábia”, de Affonso Uchoa e João Dumans, como Melhor Filme da edição. O filme recebeu, ainda, mais quatro prêmios, nas categorias Ator (Aristides de Sousa), Montagem e Trilha Sonora, pelo Júri Oficial, e Melhor Filme pelo Prêmio Abraccine. A categoria de Melhor Direção teve como vencedor o realizador brasiliense Adirley Queirós pelo filme “Era Uma Vez Brasília”. A obra do Distrito Federal levou, também, os títulos de Melhor Fotografia e Melhor Som. Valdinéia Soriano, atriz de “Café com Canela” venceu o prêmio de Melhor Atriz. O longa baiano sagrou-se campeão, ainda, com os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Filme pelo Júri Popular (Prêmio Petrobras de Cinema). Entre os prêmios de Melhor Ator e Atriz Coadjuvantes, levaram o Troféu Candango os atores Alexandre Sena, por “O Nó do Diabo” e Jai Baptista, por “Vazante”.

Entre os curtas, o Melhor Filme pelo Júri Oficial foi “Tentei”, de Laís Melo. O filme levou, ainda, o prêmio de Melhor Atriz para Patrícia Saravy e Melhor Fotografia para Renata Corrêa. Os Irmãos Carvalho levaram o prêmio de Melhor Direção pelo filme “Chico”, vencedor, ainda, do prêmio de Melhor Som e do Prêmio Canal Brasil. Marcus Curvelo foi premiado como Melhor Ator por “Mamata”. O filme sagrou-se campeão, também, na categoria de Melhor Montagem. O prêmio de Melhor Roteiro foi concedido a Ananda Radhika, por “Peripatético” e o curta metragem “Carneiro de Ouro” levou o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular.

O Júri Oficial, composto por sete jurados convidados, avaliou a Mostra Competitiva de longa-metragem e outros sete especialistas analisaram a mostra de curtas. No grupo de jurados da Mostra Competitiva de longas estão Angela Prysthon, professora da Universidade Federal de Pernambuco e autora de publicações sobre cinema, mídia e literatura; a atriz e diretora Marcélia Cartaxo; Lauro Escorel, um dos mais renomados fotógrafos do cinema brasileiro; o premiado cineasta Joel Zito Araújo; e Idê Lacreta, montadora dos filmes “Noites do sertão”, “A hora da estrela”, entre outros. Também integram o júri a cineasta, produtora e jornalista Luciana Tomasi e o premiado cineasta André Luiz Oliveira.

Já o Júri Oficial designado para os curtas foi composto por Keila Serruya, produtora, cineasta e artista visual; Cleber Eduardo, jornalista, cineasta, crítico de cinema e curador; Dea Ferraz, cineasta, que atua na área há mais de 15 anos; o premiado cineasta Breno Nina; e Anita Rocha da Silveira, diretora, roteirista e editora.

Mostra Brasília – 22° Troféu Câmara Legislativa

O Júri Oficial da Mostra Brasília – 22° Troféu Câmara Legislativa elegeu “O Fantástico Patinho Feio”, de Denilson Félix, como Melhor Longa Metragem, recebendo o prêmio de R$ 100 mil. Na categoria de Melhor curta-metragem, dois filmes dividiram o Prêmio no valor de R$ 30 mil: “UrSortudo”, de Januário Jr. e “Tekoha – Som da Terra”, de Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron. Dácia Ibiapina levou o título de Melhor Direção para “Carneiro de Ouro”; Elder de Paula venceu Melhor Ator por “UrSortudo”; e Rafaela Machado sagrou-se Melhor Atriz por “Menina de Barro”. O Júri Popular elegeu o longa “Menina de Barro”, de Vinícius Machado, e o curta “O Menino Leão e a Menina Coruja”, de Renan Montenegro, como Melhores Filmes. Estes recebem os valores de R$ 40 mil e R$ 10 mil, respectivamente.

O Júri Oficial do 22° Troféu Câmara Legislativa foi formado por Amir Labaki, crítico de cinema, diretor e roteirista, fundador e diretor do ‘É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários’; Betse de Paula, diretora e roteirista premiada em festivais, além de ser uma das maiores vencedoras do Troféu Câmara Legislativa do DF. Também compõe o grupo o documentarista, escritor e professor de cinema, Vladimir Carvalho, que integrou o comando do movimento Cinema Novo e compôs filmografia de mais de 20 filmes festejados no Brasil e no exterior.

Premiação

Além do troféu Candango e dos cachês de seleção, distribuídos entre todos os filmes selecionados, prêmios em dinheiro serão concedidos. O Prêmio Petrobras de Cinema celebra o melhor longa-metragem segundo o Júri Popular na Mostra Competitiva com R$ 200 mil; e o melhor longa-metragem segundo o Júri Popular na Mostra Brasília, com R$ 100 mil. Os prêmios de R$ 200 mil vão contemplar a distribuição do filme em pelo menos 15 salas e 5 praças ao longo dos primeiros 90 dias de lançamento comercial. Já os de R$ 100 mil vão garantir a distribuição em pelo menos 10 salas e três praças ao longo dos primeiros 90 dias de lançamento comercial.

Outros valores, ainda, serão concedidos aos vencedores do Júri Popular. O melhor curta-metragem leva R$ 40 mil em prêmio que ganha o nome de Estímulo ao Curta Metragem. Na Mostra Brasília, o longa escolhido pelo Júri Popular recebe R$ 40 mil; e o melhor curta da categoria leva R$ 10 mil, além dos troféus concedidos pela Câmara Legislativa do DF. Entre cachês de seleção e prêmios em dinheiro, o Festival de Brasília, em conjunto com parceiros concede, em 2017, a quantia de R$ 730 mil.

VEJA A LISTA COMPLETA DE VENCEDORES:

Prêmios oficiais
 
Troféu Candango – Longa-metragem:
Melhor filme: Arábia, dirigido por Affonso Uchoa e João Dumans
Melhor direção: Adirley Queirós por Era uma vez Brasília
Melhor ator: Aristides de Sousa por Arábia
Melhor atriz: Valdinéia Soriano por Café com canela
Melhor ator coadjuvante: Alexandre Sena por Nó do diabo
Melhor atriz coadjuvante: Jai Baptista por Vazante
Melhor roteiro: Ary Rosa por Café com canela
Melhor fotografia: Joana Pimenta por Era uma vez Brasília
Melhor direção de arte: Valdy Lopes JN por Vazante
Melhor trilha sonora: Francisco Cesar e Cristopher Mack por Arábia
Melhor som: Guile Martins, Daniel Turini e Fernando Henna por Era uma vez Brasília
Melhor montagem: Luiz Pretti e Rodrigo Lima por Arábia
Prêmio especial do Júri: Melhor ator social para Emelyn Fischer, por Música para quando as luzes se apagam
Júri Popular – longa-metragem: Café com canela, dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio
Prêmio Petrobras de Cinema para o melhor longa-metragem pelo Júri Popular: Café com canela, dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio
 
Troféu Candango – Curta-metragem:
Melhor filme: Tentei, dirigido por Laís Melo
Melhor direção: Irmãos Carvalho por Chico
Melhor ator: Marcus Curvelo por Mamata
Melhor atriz: Patricia Saravy por Tentei
Melhor roteiro: Ananda Radhika por Peripatético
Melhor fotografia: Renata Corrêa por Tentei
Melhor direção de arte: Pedro Franz e Rafael Coutinho por Torre
Melhor trilha sonora: Marlon Trindade por Nada
Melhor som: Gustavo Andrade por Chico
Melhor montagem: Amanda Devulsky e Marcus Curvelo por Mamata
Prêmio Especial: Peripatético, dirigido por Jéssica Queiroz
Júri Popular – Curta-metragem: Carneiro de ouro, dirigido por Dácia Ibiapina
OUTROS PRÊMIOS
Prêmio Canal Brasil: Chico, dirigido por Irmãos Carvalho
Prêmio Abraccine de melhor filme de longa-metragem: Arábia, dirigido por Affonso Uchoa e João Dumans
Prêmio Abraccine de melhor filme de curta-metragem: Mamata, dirigido por Marcus Curvelo
Prêmio Saruê: Afronte, direção de Marcus Azevedo e Bruno Victor
Prêmio Marco Antônio Guimarães: Construindo pontes, dirigido por Heloísa Passos
Prêmio ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo: Marco Curi, Manfredo Caldas e Gerlado Moraes
Prêmio CiaRio/Naymar Para o melhor curta pelo Júri Popular: Carneiro de ouro, dirigido por Dácia Ibiapina
MOSTRA BRASÍLIA – 22º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal
Prêmios do Júri Oficial
Melhor longa-metragem (R$ 100 mil): O fantástico Patinho Feio, dirigido por Denilson Félix
Melhor curta-metragem (R$ 30 mil): UrSortudo, dirigido por Januário Jr. e Tekoha – Som da Terra, dirigido por Rodrigo Arajeju e Valdelice Veron
Melhor direção (R$ 12 mil): Dácia Ibiapina, por Carneiro de ouro
Melhor ator (R$ 6 mil): Elder de Paula, por UrSortudo
Melhor atriz (R$ 6 mil): Rafaela Machado, por Menina de barro
Melhor roteiro (R$ 6 mil): Januário Jr., por UrSortudo
Melhor fotografia (R$ 6 mil): Gustavo Serrate, por A margem do universo
Melhor montagem (R$ 6 mil): Lucas Araque, por Afronte
Melhor direção de arte (R$ 6 mil): Bianca Novais, Flora Egécia e Pato Sardá, por O Menino Leão e a Menina Coruja
Melhor edição de som (R$ 6 mil): Maurício Fonteles, por Tekoha – Som da Terra
Melhor trilha sonora (R$ 6 mil): Ramiro Galas, por O vídeo de 6 faces
Prêmios do Júri Popular
Melhor longa-metragem (R$ 40 mil): Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
Melhor curta-metragem (R$ 10 mil): O Menino Leão e a Menina Coruja, dirigido por Renan Montenegro
Prêmio Petrobras de Cinema – Para o melhor longa-metragem pelo Júri Popular da Mostra Brasília: Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
Prêmio Plug.in Para o melhor longa-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília: Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
Prêmio CiaRIO de melhor longa-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília: Menina de barro, dirigido por Vinícius Machado
Prêmio CiaRIO de melhor curta-metragem escolhido pelo Júri Popular da Mostra Brasília: O Menino Leão e a Menina Coruja, dirigido por Renan Montenegro
FestUniBrasíla – 1º Festival Universitário de Cinema de Brasília
Melhor filme: O arco do medo, dirigido por Juan Rodrigues (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Melhor direção: Fervendo, dirigido por Camila Gregório (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Júri Popular: O homem que não cabia em Brasília, dirigido por Gustavo Menezes (UnB)
Menção Honrosa – Método de construção criativa: Afronte, dirigido por Bruno Victor e Marcus Azevedo (UnB)
Menção honrosa – Fotografia: Gabriela Akashi, por Serenata (USP)
Menção Honrosa – Filme de animação: Mira, dirigido por Janaína da Veiga (Unespar)
com informações de assessoria