A Casa de Cultura Joaquim Marinho abriu as portas para o público na noite do último sábado (11). Com a presença de amigos e familiares, o agitador cultural, radialista, cineclubista e empresário foi aplaudido de pé na chegada e se emocionou constantemente ao receber o carinho de todos os que estiveram na antiga residência dele localizada na Rua Chaves Ribeiro, 39, bairro São Geraldo, zona sul de Manaus. O show de abertura foi feito pelo cantor amazonense, Nicolas Jr e a inauguração contou as presenças de Marcus Barros, Marilene Corrêa e Aldísio Figueiras.

Voltado para todas as artes, o espaço estará aberto para o público das 8h às 18h de segunda à sábado, sendo que neste dia, o local se transforma em um gastrobar com apresentações musicais acompanhadas de comidas e bebidas. A decoração é um dos pontos marcantes do centro cultural: de bonecos de figuras pops como Elvis Presley a livros e mais livros sobre cultura passando pela mesa de trabalho do radialista, caricaturas e fotos de Joaquim Marinho com figuras icônicas nacionais como, por exemplo, Ziraldo e Renato Aragão.

Os fãs de cinema ainda poderão conferir as matérias publicadas em jornais da época sobre o lançamento do Cine Grande Otelo. “O espaço ficou muito legal. Estou super emocionado. Não esperava tudo isso”, falou Joaquim Marinho ao Cine Set.

Idealizadora da proposta do centro cultural, a filha de Joaquim, Patrícia Marinho, afirmou que este era um sonho antigo da família. “O que meu pai fez a vida inteira? Ele sempre Ele trabalhou sempre com cinema, música, artes, cultura. Então, abrimos o espaço para o artista fazer a sua apresentação. Já começamos com uma exposição infantil. Queremos ter shows, lançamentos de livros e selos, espetáculos. Queremos que as pessoas se sintam à vontade”, disse, salientando ainda a importância de render as homenagens ao pai enquanto ele está vivo para que possa vivenciar tudo.

Joaquim Marinho é uma das figuras mais importantes da cultura do Amazonas. Nascido em Portugal em 1943, ele chegou aos 11 anos de idade a Manaus e se estabeleceu como um agitador cultural da cidade. Integrante da geração cineclubista do Estado nos anos 1960, foi dono de importantes salas de exibição como os célebres Cine Oscarito, Grande Otelo e Renato Aragão. Atualmente, possui um programa de rádio, o Zona Franca, na Amazonas FM.