O retorno do Cineclube Cinemartecultura será realizado em grande estilo no Centro de Manaus, nesta semana. O clássico do alemão Werner Herzog rodado na capital amazonense, “Fitzcarraldo”, é o principal destaque da programação. As sessões gratuitas acontecem sempre às 18h no Cine Teatro Gebes Medeiros (Espaço Cênico Ideal Clube), localizado na Avenida Eduardo Ribeiro.

Dirigido pelo escritor amazonense Márcio Souza, “A Selva” será exibido nesta terça-feira (29). Baseado no romance escrito pelo português Ferreira de Castro, o filme traz a história de Alberto, que após participar de uma revolução em Portugal, foge para Belém do Pará. Entregue por um tio aos cuidados de um arregimentador nordestino de seringueiros, vai parar no seringal ‘Paraíso’, às margens do Rio Madeira. Entra em contato com a realidade amazônica, e a surpresa daquele exuberante mundo leva-o a mudar de orientação e de mentalidade, mesmo conhecendo todas as privações comuns ao emigrante nordestino que vai para a Amazônia em busca de um Eldorado. Anistiado em Portugal, Alberto pede permissão ao dono do seringal para deixar a região e retornar a seu país. Antes de fazê-lo, porém, incendeia o barracão e o dono do seringal morre.

Já na quarta-feira (30) será a vez de “Ajuricaba – Um Rebelde na Amazônia”, de Oswaldo Caldeira. Ambientado em 1723, o filme acompanha a história de índios manaús, liderados por seu mítico chefe Ajuricaba, que revoltam-se contra o dominío português, entrando em guerra com os invasores europeus. Um nobre lusitano, querendo provar seu valor, vai para a floresta prender Ajuricaba e trazê-lo para a capital. Mas a tarefa não se mostra tão fácil quanto o homem pensava.

Fechando a programação, “Fitzcarraldo” terá projeção na quinta-feira (31). A obra protagonizado por Klaus Kinski se passa no apogeu da era da borracha e mostra o aventureiro Brian Sweeney Fitzgerald que sonha em construir um teatro de ópera na Amazônia peruana. Para realizar seu sonho, não mede quaisquer esforços, enquanto se embranha na mata com um barco à vapor de 160 toneladas (que irá tentar arrastar ao topo de um morro no meio da selva). Por este clássico, Herzog recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes de 1982.