O ator britânico Joseph Fiennes defendeu nesta quinta-feira (4), em Roma, sua decisão de interpretar o cantor Michael Jackson em um programa para a televisão.

Durante a apresentação de seu próximo filme, “Alive”, dirigido por Kevin Reynolds, ele afirmou à AFP ter ficado “surpreso” ao ser escolhido para o personagem, mas disse que não teria nenhum escrúpulo em assumir “um papel tão magnífico”.

Joseph Fiennes, conhecido por sua atuação em “Shakespeare Apaixonado” e “Elizabeth”, interpretará o astro americano falecido em 2009 em uma curta-metragem produzido pelo canal pago britânico Sky Arts, intitulado “Elizabeth, Michael e Brandon”.

O canal imaginou uma “road trip entre Michael Jackson, Elizabeth Taylor e Marlon Brando”, explicou o ator de 45 anos.

Este episódio, que reunirá os três ícones da cultura pop americana e que serão interpretados por Fiennes, Stockard Channing e Brian Cox, vai se passar nos dias seguintes aos ataques de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.

O fato de selecionar um ator branco para encarnar uma personalidade negra provocou surpresa nos Estados Unidos, com alguns criticando os produtores de não terem aprendido nada com a polêmica sobre a falta de atores negros indicados ao Oscar este ano, pelo segundo ano consecutivo.

Para Joseph Fiennes não cabe esta polêmica, uma vez que a produção será “apenas uma sátira de uma duração de 20 minutos”.

“É escrito como uma esquete, sobre uma história que pode muito bem ser uma lenda, como pode ser verdade”, disse o irmão de Ralph Fiennes, que disse que ele estava particularmente atraído pelo “desafio” que representa o papel e o lado “engraçado” do roteiro.

da Agência France Press