Estrela da clássica cena na Fontana di Trevi em “A Doce Vida”, a atriz Anita Ekberg morreu neste domingo (11) aos 83 anos de idade em Roma. Segundo o jornal italiano “La Repubblica”, a musa da década de 60 estava hospitalizada em uma clínica em Rocca di Pappa.

default_fellini_exc_03_0706251612_id_58666Ekberg iniciou a carreira como modelo e venceu o concurso de beleza de Malmö em 1950 com apenas 20 anos de idade. No ano seguinte, ela se consagrou Miss Suécia, o que a levou ao Miss Universo, ficando entre as seis finalistas. Executivos da Universal Pictures ficaram impressionados com a beleza da moça e assinaram um contrato com ela.

Logo ao chegar nos EUA, Anita Ekberg conheceu Howard Hughes. O milionário produtor de filmes a convidou para trabalhar com a exigência de que mudasse o sobrenome por ser muito difícil de ser pronunciado. A jovem sueca resistiu e não aceitou a ideia. Mesmo assim, Hughes não desistiu da musa e a tornou conhecida com uma carreira inicialmente marcada por turnês com o comediante Bob Hope substituindo Marilyn Monroe.

Com a repercussão do trabalho, Anita Ekberg conseguiu os primeiros papéis no cinema ao estrelar “Artistas e Modelos” com Jerry Lewis e “Guerra e Paz”. Em 1956, a sueca ganhou o Globo de Ouro de Atriz Revelação pelo trabalho de “Rota Sangrenta”.

Nenhum outro passo da carreira foi mais importante, entretanto, do que a “A Doce Vida”. Dirigida por Federico Fellini, Ekberg se transformou em uma musa imortal da sétima arte ao interpretar Sylvia, famosa atriz sueco-americana que se envolve com o personagem de Marcello Mastroiani.

Na vida amorosa, Anita Ekberg se envolveu com figuras conhecidas como Errol Flynn e Frank Sinatra. Depois do sucesso de “A Doce Vida”, a atriz participou de outras produções de Fellini como “Bocaccio 70”, “Os Palhaços” e “Entrevista”. Nos últimos anos de vida, fez papéis em filmes e séries italianas.

ANITA EKBERG (1931-2015)