Presente ao Festival de Cannes para apresentar uma versão em 70mm do clássico de Stanley Kubrick, “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, Christopher Nolan recordou da trilogia “O Cavaleiro das Trevas” durante uma palestra especial. Para o cineasta, cada filme tinha um gênero diferente, os quais eram definidos pelo vilão enfrentado pelo Homem-Morcego. As informações são do site da Variety.

“Cada um dos filmes da trilogia tem elementos de um gênero diferente de acordo com o vilão que tem. Batman Begins é uma história de formação, tendo como inimigo um ex-mentor: Ra’s Al Ghul. O Cavaleiro das Trevas, a partir do Coringa, está mais perto dos thrillers policiais de Michael Mann. Já o terceiro, operístico, funciona como um épico de guerra, tendo Bane como um terrorista”, declarou Nolan.

Na palestra, o diretor relembrou a carreira de sucesso marcada por filmes como “Amnésia”, “O Grande Truque”, “A Origem”, “Interestelar” e “Dunkirk”. “”Eu venho de uma escola noir, policial, no qual a ideia de melodrama entra para qualificar situações de sentimentos extremos. Meus personagens se revelam por suas ações. Por isso, o Batman é um herói que lida com o tom sombrio desse gênero em sua gênese. Os filmes e os quadrinhos sobre ele não exploram sua origem, que vem de um trauma, de uma perda. Eu tentei ir por esse caminho, mais humano”, afirmou.

Christopher Nolan também ressaltou a paixão dele pela película por simbolizaram o patrimônio da memória do cinema. “Em meio à filmagem de Dunkirk, eu me aproximei do processo de restauração de 2001 não só por razões emotivas, mas para proteger nosso patrimônio visual. As pessoas confundem o processo de restauro com digitalização. Ao digilitalizar, você corrige anomalias que fazem parte da granulação, que são informações essenciais ao longa”, completou.