O público moderno de cinema basicamente só conhece Burt Reynolds pelo seu papel de Jack Horner, diretor de filmes eróticos, no jovem clássico “Boogie Nights: Prazer Sem Limites” (1997) de Paul Thomas Anderson. Reynolds foi até indicado ao Oscar de ator coadjuvante pelo trabalho. Porém, sabe quem não gosta do filme, do papel e de Anderson? O próprio Burt.

Num evento do jornal inglês The Guardian, feito para promover a sua segunda autobiografia, intitulada “But Enough About Me”, Reynolds não teve papas na língua ao descrever seus sentimentos sobre o filme e seu diretor, e revelou seu desconforto com o assunto de “Boogie Nights”.

“Não gosto daquelas pessoas”, disse Reynolds referindo-se à indústria do cinema adulto, o mundo no qual se passa a história do filme. “Sinto que eles passaram por muitas dificuldades porque tentaram fazer filmes legítimos e nunca conseguiram. É triste, são pessoas muito tristes e muitas delas apareceram no set. É uma rua de mão única, uma vez que se entra nela, como ator sua carreira está terminada”.

Ele ainda falou que “odiou” trabalhar com PT Anderson, tanto que até recusou um papel no filme seguinte do diretor, “Magnólia” (1999). “Já fiz um filme com Paul Thomas Anderson, já basta”, disse o ator. Reynolds também revelou uma curiosa anedota de bastidores: o ator Mark Wahlberg ficou tão absorvido pelo papel do astro pornô Dirk Diggler que começou a andar pelo set com uma ereção falsa!

No evento, Burt Reynolds ainda falou sobre outras celebridades de Hollywood, incluindo Marlon Brando, a quem descreveu como “Não muito simpático”, e sobre o fato de ter recusado o papel de James Bond no começo dos anos 1970 (“Recusar machucou apenas a minha carteira, não me machucou artisticamente”). Ele ainda se referiu à atriz Sally Field, com quem trabalhou no sucesso “Agarra-me Se Puderes” (1977), como o “grande amor” da sua vida.