O ator Robin Williams pode ter partido desse plano de existência já há um ano, mas ainda é notícia. Nessa semana, tornou-se público o conteúdo de um documento que o ator deixou antes de morrer, no qual ele explicitamente restringe o uso de sua imagem por até 25 anos.

Além de demarcar detalhes de como se deu a distribuição de seus bens após a morte, o documento de Williams define que sua imagem seria usada de maneira restrita até 2039, especialmente no campo da publicidade. Na prática, isso significa que não veremos tão cedo a imagem do comediante inserida digitalmente em filmes ou produtos publicitários até essa data, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com Audrey Hepburn em 2013, numa campanha do chocolate Galaxy.

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O caso de Williams abre um precedente para novas cláusulas de uso de imagem de celebridades, numa realidade em que cantores falecidos, de Michael Jackson a Renato Russo, viram imagens holográficas e fazem empresários ganharem um bom dinheiro graças a recursos tecnológicos inusitados. Vale lembrar que a família de Jackson nunca viu a cor de parte do dinheiro arrecadado com os “shows” do cantor depois de morto.

Além desse detalhe curioso, o documento deixado por Robin Williams definiu que seus filhos Zachary, Zelda e Cody ficassem com suas propriedades, prêmios, joias, fotos pessoais e roupas, enquanto que sua viúva, Susan Schneider, ficaria com outros bens, como relógios, presentes de casamento e fotografias datadas a partir de 2011.