MELHOR ATRIZ PELO CINE SET
- Rosamund Pike, por Garota Exemplar – 101 pontos
- Scarlett Johansson, por Ela, Sob a Pele e Lucy – 83 pontos
- Charlotte Gainsbourg, por Ninfomaníaca – 63 pontos
- Marion Cotillard, por Era uma Vez em Nova York – 61 pontos
- Leandra Leal, por O Lobo Atrás da Porta – 43 pontos
Caio Pimenta
- Scarlett Johansson, por Ela, Sob a Pele e Lucy
- Leandra Leal, por O Lobo Atrás da Porta
- Isabelle Huppert, por Uma Relação Delicada
- Robin Wright, por O Congresso Futurista
- Paulina Garcia, por Gloria
- Charlotte Gainsbourg, por Ninfomaníaca
- Luminita Gheorghiu, por Instinto Materno
- Anne Dorval, iMommy
- Rosamund Pike, por Garota Exemplar
- Essie Davis, por The Babadook
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Fora a beleza estonteante, Scarlett Johansson nunca me convenceu como atriz. Nada que 2014 não tenha desfeito: pela voz em “Ela” ou pela performance sensual e enigmática em “Sob a Pele” ou na força física de “Lucy”, ela teve um ano perfeito indo do blockbuster à ficção científica alternativa. Já Leandra Leal atinge o auge da carreira com uma personagem capaz de esconder muitas camadas reveladas no final do assustador “O Lobo Atrás da Porta”.
Isabelle Huppert consegue salvar “Uma Relação Delicada” com uma atuação corporal excelente; já Robin Wright se expõe com uma coragem rara de ser ver um atriz fazer nos dias atuais em “O Congresso Futurista”. E que delícia de interpretação Paulina Garcia tem em “Gloria”, enquanto Charlotte Gainsbourg sofre mais uma vez nas mãos de Lars Von Trier.
Luminita e Anne são as forças de “Instinto Materno” e “Mommy”, respectivamente. Rosamund Pike se destaca em “Garota Exemplar” pela imprevisibilidade de seus atos e a expressão fria e cínica. Por fim, temos a paranoia de Essie Davis trazendo o Babadook para fora dos livros.
Menção honrosa: a fofa, linda e dona de uma voz apaixonante Keira Knightley em “Mesmo Se Nada Der Certo” (quer namorar comigo?)
Diego Bauer
- Rosamund Pike, por Garota Exemplar
- Marion Cotillard, por Era Uma Vez em Nova York
- Leandra Leal, por O Lobo Atrás da Porta
- Paulina Garcia, por Gloria
- Stacy Martin, por Ninfomaníaca – Volume 1
- Tilda Swinton, por Amantes Eternos
- Scarlett Johansson, por Sob a Pele
- Bérénice Bejo, por O Passado
- Charlotte Gainsbourg, por Ninfomaníaca – Volume 2
- Jennifer Lawrence, por Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1
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Menções honrosas a Shailene Woodley, por A Culpa é das Estrelas e Deborah Secco, por Boa Sorte.
Numa boa, Garota Exemplar só é o sucesso que é pela atuação assustadora de Pike. Fincher e Affleck desempenham sua função com extrema eficácia, mas é ela quem eleva o nível do trabalho, invadindo nossas mentes. Ano importantíssimo para sedimentar a carreira de Cotillard, com dois grandes trabalhos no currículo, completamente diferentes um do outro, mas igualmente competentes, conduzindo suas respectivas histórias com enorme autoridade.
Leandra Leal foi a explosão do ano ao roubar completamente o filme dos seus colegas, criando uma figura fortíssima, dentro de todos os seus problemas morais. O maior acerto da carreira da atriz. O trabalho de Garcia transborda sofisticação e experiência, num elogiável trabalho de entrega da atriz chilena, que representa um dos pontos mais altos de representação no ano.
A revelação Stacy Martin é a melhor coisa do primeiro Ninfomaníaca. A atriz encontrou com perfeição a maneira sexy e dissimulada da protagonista, e lidera o filme de von Trier com muita segurança. Acho que enquanto fizer essas listas de fim de ano, sempre reservarei um espaço para Tilda. Atriz continuamente consistente em seus trabalhos, em Amantes Eternos ela mais uma vez mostra porque é tão respeitada.
2014 foi o ano em que Johansson mostrou que é mais do que linda, com essa performance introspectiva e cheia de segredos em Sob a Pele. Trabalho que pode mudar os seus planos para o futuro. O Passado é mais uma oportunidade de Farhadi mostrar a sua competência na direção de atores, e quem se destaca é a ótima Bérénice Bejo, que acerta em cheio na condução de um difícil personagem.
Quando von Trier se propôs a desenvolver a rica história de sua protagonista, Gainsbourg, como era de se esperar, desenvolve com enorme qualidade o desenrolar da vida de Joe, com ótimos momentos. Jennifer Lawrence é um dos maiores nomes de Hollywood, e muito disso se deve ao seu trabalho na saga Jogos Vorazes, desenvolvendo um personagem complexo e cheio de nuances, algo pouco visto no gênero.
Gabriel Oliveira
- Rosamund Pike, por Garota Exemplar
- Scarlett Johansson, por Ela e Sob a Pele
- Charlotte Gainsbourg, por Ninfomaníaca
- Samantha Castillo, por Pelo Malo
- Leandra Leal, por O Lobo Atrás da Porta
- Agata Trzebuchowska, por Ida
- Bérénice Bejo, por O Passado
- Robin Wright, por O Congresso Futurista
- Tilda Swinton, por Amantes Eternos
- Essie Davis, por The Babadook
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Haja interpretações corajosas e nacionalidades diferentes nessa lista. Graças a personagens bem construídas, em filmes de gêneros distintos, 2014 deixou como legado principalmente a descoberta de novos talentos da atuação. Um deles é a venezuelana Samantha Castillo, em Pelo Malo, vivendo com intensidade uma mãe amargurada, amorosa e cruel, que não mede esforços para tentar “salvar” o filho da homossexualidade. Um pouco mais distante no globo, a australiana Essie Davis vive outra mãe, que tem que lidar com o luto da perda do marido e os monstros debaixo da cama do filho no eficiente terror The Babadook. Do frio da Polônia, por sua vez, surge Agata Trzebuchowska e seu par de olhos negros que se destacam na fotografia em preto e branco de Ida, em que a moça vive uma noviça que de repente enfrenta os fantasmas de sua origem familiar.
Por outro lado, nomes já conhecidos tiveram a chance de provar mais uma vez o seu talento. Scarlett Johansson decidiu, enfim, apostar em projetos que explorassem a sua competência como uma boa atriz: ao mesmo tempo em que deu voz à consciência do sistema operacional Samantha, em Ela, entregou uma atuação silenciosa e extremamente competente como o ser misterioso de Sob a Pele. Charlotte Gainsbourg, que só por seus trabalhos com Lars Von Trier já deveria ser considerada uma grande atriz, mais uma vez se uniu ao diretor dinamarquês e encarnou a trajetória angustiante de Joe em Ninfomaníaca. Já Tilda Swinton, ótima como sempre, trouxe o charme de volta ao mundo dos vampiros em Amantes Eternos.
Em terras tupiniquins, Leandra Leal viveu uma personagem difícil e de camadas complexas, que acaba protagonizando uma terrível vingança em O Lobo Atrás da Porta. A francesa Bérénice Bejo, conhecida pela doçura mostrada em O Artista, vive agora uma mulher bem diferente e multifacetada, envolvida em um drama familiar em O Passado. Já Robin Wright tem um de seus melhores momentos embarcando na viagem surreal de O Congresso Futurista, sem medo de viver uma versão de si mesma, reavaliando a própria carreira e questões como a velhice.
Mas quem realmente me impressionou este ano foi a inglesa Rosamund Pike. Física e emocionalmente, Pike está completamente imersa em sua detalhista composição da Amy Dunne de Garota Exemplar, capaz de enganar o próprio público com diferentes versões de uma mesma história e parecer doce, simpática ou simplesmente louca.
PS.: Vale uma menção honrosa para Jennifer Lawrence, que consolida seu trabalho à frente da saga Jogos Vorazes neste penúltimo capítulo da franquia. Juliane Moore e Marion Cotillard também seriam presenças garantidas no topo da lista, caso Mapas para as Estrelas e Dois Dias, Uma Noite tivessem estreado em circuito nacional ainda em 2014. Ainda no caso da francesa, por mais competente que ela seja, a condução dada por James Gray à sua personagem em Era Uma Vez em Nova York é difícil de engolir e explica sua ausência no ranking final.
Ivanildo Pereira
- Rosamund Pike, por Garota Exemplar
- Marion Cotillard, por Era uma Vez em Nova York
- Amy Adams, por Trapaça
- Charlotte Gainsbourg, por Ninfomaníaca
- Agata Trzebuchowska, por Ida
- Scarlett Johansson, por Ela
- Deborah Secco, por Boa Sorte
- Jennifer Lawrence, por Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1
- Essie Davis, por The Babadook
- Jessica Chastain, por Interestelar
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Aqui, confesso que ainda não vi alguns dos trabalhos que chamaram bastante a atenção este ano, como o de Julianne Moore em Mapas para as Estrelas, o de Juliette Binoche em Acima das Nuvens, o de Chastain em A Most Violent Year, o de Johansson em Sob a Pele, entre outros. Mesmo assim, todos os trabalhos escolhidos são, para mim, de grande qualidade e representativos de um bom ano para as atuações femininas. Porém não tem para ninguém: Rosamund Pike já entrou para a história pela sua interpretação de Amy Dunne. Eu já conhecia a atriz, muito bonita e eficiente e coisa e tal, adequada em filmes como 007: Um Novo Dia para Morrer (2002) ou Orgulho e Preconceito (2005), bem ruinzinha em Jack Reacher: O Último Tiro (2012)… Mas em 2014 Pike foi “a mulher” e merece todos os prêmios do mundo.
Renildo Rodrigues
- Marion Cotillard, por Era uma Vez em Nova York
- Scarlett Johansson, por Ela, Lucy, Sob a Pele
- Rosamund Pike, por Garota Exemplar
- Leandra Leal, por O Lobo Atrás da Porta
- Samantha Castillo, por Pelo Malo
- Charlotte Gainsbourg, por Ninfomaníaca
- Jessica Chastain, por Interestelar
- Amy Adams, por Trapaça
- Eva Green, por Sin City 2 – A Dama Fatal
- Luminita Gheorghiu, por Instinto Materno
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Mesmo rebaixadas por Hollywood (talvez só o cinema francês seja justo com suas intérpretes), as atrizes deram um show de garra e versatilidade em 2014. Coincidentemente, uma francesa foi a atriz mais destacada do ano: Marion Cotillard, cujo talento avassalador vem triunfando até em Hollywood, como prova o seu trabalho em “Era uma Vez em Nova York”, ao lado de Joaquin Phoenix.
Quem também teve um 2014 impecável foi a americana Scarlett Johansson. Em nada menos que três filmes notáveis (“Ela”, “Lucy” e “Sob a Pele”, nenhum mais que o primeiro), ela revela um talento, disposição e até coragem (thriller psicológico carregado nos nus? Grande interpretação sem aparecer em cena?) que nós, sinceramente, não esperávamos dela.
E o papel feminino mais marcante do ano (embora não a maior interpretação per se): a Amy de “Garota Exemplar”. Rosamund Pike chega ao estrelato com um estrondo, e nos enche de grandes expectativas. Já a brasileira Leandra Leal prova, de uma vez por todas, a ótima intérprete que ela é no estupendo “O Lobo Atrás da Porta”. Ao lado dela, sua colega de América do Sul, Samantha Castillo, que vive uma mãe dilacerada pela dúvida em “Pelo Malo”.
Outra francesa, Charlotte Gainsbourg, demonstra ser a única atriz a conseguir filmar com Lars Von Trier mais de uma vez, no brilhante e provocador “Ninfomaníaca” – os adjetivos também servem para descrever o seu trabalho. A terceira francesa da lista, Eva Green, exerce um efeito tão poderoso sobre “Sin City 2 – A Dama Fatal”, que acaba sendo a única lembrança que fica do filme.
Por fim, duas americanas em ascensão, prontas para alçar grandes voos: Jessica Chastain, a única coisa sem falhas de “Interestelar”, ao lado de Matthew McConaughey; e Amy Adams, que vem se mostrando uma parceira impecável para o diretor David O. Russell (“Trapaça”), e bem que merecia um filme só para ela.
Susy Freitas
- Luminita Gheorghiu, por Instinto Materno
- Charlotte Gainsbourg, por Ninfomaníaca
- Emmanuelle Devos, por Violette
- Rosamund Pike, por Garota Exemplar
- Paulina Garcia, por Gloria
- Scarlett Johansson, por Sob a Pele
- Robin Wright, por O Congresso Futurista
- Tilda Swinton, por Amantes eternos
- Micaela Ramazzotti, por Anos Felizes
- Jessica Chastain, por Interestelar
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Em primeiro lugar da lista, a atuação devastadora de Luminita Gheorghiu em Instinto Materno, que nos entregou e 2014 uma atuação cheia de camadas, que nos instiga a questionar cada uma de suas ações como a mãe que tenta salvar o filho da cadeia. Embora não seja um papel tão ousado como o de Charlotte Gainsbourg em Ninfomaníaca, a complexidade das emoções que a atuação dela gera no espectador pesou na balança, apesar de a francesa ter feito bonito nesse ano ao romper (novamente) todos os seus limites em nome da arte ao interpretar uma mulher viciada em sexo.
Segundo um estilo mais clássico, Emmanuelle Devos como a poeta Violette Leduc em Violette, Paulina Garcia como a mãe solteira nada acanhada de Gloria e Micaela Ramazzotti interpretando uma mãe em busca de autoconhecimento em meio a um turbulento casamento em Anos Felizes foram três grandes personagens mulheres maduras, dinâmicas e realistas. As atrizes não fizeram por menos e aproveitaram muito bem a oportunidade de sair do lugar comum e mostrar que nem só de norte-americanas de até 30 anos vivem as mulheres no cinema.
Dentre os filmes com mais apelo comercial, Rosamund Pike e Jessica Chastain trouxeram mais que dignidade a personagens que, na mão de outras atrizes, descambariam fácil para o caricato, uma vez que não são tão elaborados quanto parecem. Pike, por exemplo, pegou sua Amy Dunne e não permitiu que Garota Exemplar se tornasse um clássico de Supercine, não importa quantos furos, absurdos e pequenos clichês o roteiro trouxesse. Da mesma maneira, Chastain evitou o tom meloso e imprimiu obstinação a uma personagem talhada forçosamente para dar um “coração” a Interestelar.
Com tons distintos, mas todas com um quê de experimentalismo, Scarlett Johansson, Robin Wright e Tilda Swinton tiraram as atrizes norte-americanas do lugar-comum em 2014. A primeira conseguiu mostrar mais que sua beleza no papel da mortal, porém frágil alienígena de Sob a Pele. Já Robin Wright fez com que a protagonista de O Congresso Futurista fosse muito mais que um personagem sob medida para alfinetar a brutalidade com que as mulheres são tratadas em Hollywood, além de fazer uma bela transição entre o foco da personagem variando entre interesses próprios, a busca pelo filho e o envolvimento amoroso com um homem, isso tudo aparecendo tanto em live action como em animação! Finalmente, Tilda Swinton nos deu todas as camadas que uma vampira deve ter: a languidez, a sensualidade nada óbvia, a aparente doçura, a inteligência e o perigo irresistível.
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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:
Cada um dos cinco críticos do Cine SET elegem o seu ‘TOP 10′. Critério leva em conta filmes lançados no circuito comercial do Brasil entre 1o de Janeiro e 31 de Dezembro de 2014.
Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar – 8 pontos
7º lugar – 6 pontos
8º lugar – 4 pontos
9º lugar – 2 pontos
10º lugar – 1 ponto
Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!
