A trágica morte de Ária Ramos é um dos crimes mais cercados de mistério da história de Manaus. O assassinato da jovem violinista aconteceu no dia 17 de fevereiro de 1915, uma terça-feira de carnaval, no Ideal Clube, localizado no fim da Avenida Eduardo Ribeiro, uma das mais movimentadas da capital amazonense. O tiro a atingiu durante uma apresentação e, mesmo sendo levada às pressas para ser atendida na Santa Casa de Misericórdia, não resistiu e morreu. O autor do disparo nunca foi descoberto, apesar das suspeitas recaírem sobre o ex-noivo dela.

Esta história será levada às telas em um curta-metragem dirigido por Cleinaldo Marinho. Intitulado “Ária – Fazendo a Vida Viver”, o filme começa a ser gravado na primeira quinzena de maio com locações Teatro Amazonas, o Hospital Santa Casa de Misericórdia, a Rua Bernardo Ramos e o Palácio da Justiça. Segundo o diretor, os testes de elenco serão realizados nos dias 2 e 3 de março.

“Quero mostrar o contexto no qual a Ária estava inserida, já que ela nasceu em 12 de agosto de 1896, quatro meses antes do Teatro Amazonas ser inaugurado. No auge do ciclo da borracha, e morre em seu declínio. Então, esse momento é incrível e crucial para que o filme aconteça. Uma artista, mas que não se rendia aos preconceitos e regras daquela época”, disse Marinho. O diretor ainda salienta que a obra será uma homenagem às “mulheres que, assim como Ária, desdobram-se em batalhas diárias para viver suas vidas de acordo com seus próprios termos”.

A produção, que foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo, tem o apoio do Governo do Estado do Amazonas, Conselho Estadual de Cultura, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Ministério da Cultura e Governo Federal.

com informações de assessoria