Ao ver um filme, você certamente tem suas estrelas preferidas – atores ou atrizes que de alguma forma te emocionam ou, simplesmente, são agradáveis na tela. Você também pode ter um gênero preferido, localizado em algum lugar do espectro que vai da comédia romântica de roteiro óbvio até a ficção maluca que surpreende a cada nova cena bizarra – e nessa seara o vencedor do Oscar Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é o exemplo mais recente.

Mas se você é cinéfilo 3.0, pode misturar as duas coisas: o tema e o estrelato, e buscar filmes nos quais o protagonista não é uma pessoa, nem um gênero, mas um componente da história. Mas para merecer essa posição, é preciso ser algo que (como um grande ator) consiga transmitir fortes emoções. Algo que favoreça um certo suspense, e dê margem para o plot twist decisivo (ainda que esperado). Quer um exemplo? O poker.

Note que toda obra que tem o poker como parte importante do roteiro costuma ser boa. Porque esse jogo é naturalmente dado às reviravoltas, para não falar da possibilidade de blefe, gatilho perfeito para momentos dramáticos. Você pode não ser um especialista nas mãos do poker –, mas para cobrir esta lacuna há bons recursos online que ensinam como avaliar as combinações e melhorar a experiência cinematográfica. Faça a escolinha, se achar necessário. É de graça. E depois volte para a tela e veja os momentos épicos em que o poker roubou a cena.

007 Cassino Royale

O primeiro filme da franquia Bond com Daniel Craig no papel do agente secreto renovou um roteiro antigo, dos anos 60 que, por sua vez, foi inspirado no livro original de Ian Fleming, o criador de Bond. Como de hábito, há várias cenas de ação, com carros em alta velocidade, perseguições no melhor estilo parkour e muita troca de sopapos. Mas a grande sequência do filme é o torneio de poker que Bond tem que ganhar para evitar que um terrorista fique com milhões à disposição para seus planos malignos.

Após idas e vindas, um quase fracasso e – alerta de spoiler – um envenenamento, Bond chega à rodada final, e consegue frustrar um full house do vilão, encaixando um straight flush de paus. Apesar do filme não acabar nesse ponto – Cassino Royale bateu o recorde de minutagem na franquia – a vitória no poker é o ponto alto da produção.

Maverick

Vamos deixar claro: aqui falamos do filme de 1994, estrelado por Mel Gibson e Jodie Foster, que se passa no Mississipi do século XIX. Nada a ver com aviões de combate e um longevo ator de filmes de ação. No nosso filme de época Maverick, Gibson é um jogador de poker tentando se dar bem, em meio a uma trama de interesses na qual puxar o tapete do outro é algo corriqueiro.

Após as diversas peripécias da história, ele consegue chegar ao grande torneio de poker, disputado em um daqueles barcos antigos, com uma grande roda na popa. E, evidentemente, ele chega na última rodada prestes a perder tudo, a menos que a carta certa venha na mão dele. Ele recebe a carta e… adivinhe! Ou veja o filme.

A grande jogada

Mais recentemente (2017), foi lançado um bom longa no qual o poker é a estrela. Mas, diferentemente dos outros, nesse a protagonista não joga. A Grande Jogada é um drama que conta a história de uma esquiadora que, após um acidente, se vê obrigada a reinventar a própria vida. E faz isso organizando rodas de poker. E embora ela mesma não jogue, há vários comentários que ela faz sobre as mãos de seus convidados, o que é saboroso para quem sabe jogar e instrutivo para quem não está tão familiarizado.

A grande jogada pode ser definido como um drama, no qual os problemas da protagonista correm em paralelo às mãos de poker. Como a relação conflituosa com o pai, vivido pelo ex-homem peixe de Waterworld, Kevin Costner.

Esses são três filmes nos quais o poker é a estrela. Mas há muitos outros. Você consegue se lembrar de algum?