O site da Variety noticiou o falecimento do renomado diretor de fotografia Vilmos Zsigmond. Ele tinha 85 anos e, de acordo com seu sócio Yuri Neyman, Zsigmond faleceu em primeiro de janeiro.

Um dos mais reconhecidos cinematografistas do cinema, Zsigmond trabalhou por cinco décadas em Hollywood e com diretores de destaque como Robert Altman, Brian De Palma, Steven Spielberg, Martin Scorsese, Michael Cimino, George Miller e Woody Allen, entre outros. Ele nasceu na Hungria, e aos 26 anos fugiu do país junto com o colega Laszlo Kovacs após filmar clandestinamente a invasão do seu país pelos soviéticos. Chegando aos Estados Unidos, trabalhou por anos como assistente de laboratório e fotógrafo de stills. O primeiro filme pelo qual recebeu crédito de diretor de fotografia foi “Tara Diabólica” de 1963.

O filme que revelou o nome de Vilmos Zsigmond para o mundo foi o estiloso “McCabe & Mrs. Miller: Quando os Homens São Homens” (1971), de Robert Altman. Para o filme, Zsigmond dessaturou as cores e deu ao Western não convencional de Altman um visual único e melancólico. A partir daí sua carreira deslanchou, tendo trabalhado no suspense “Amargo Pesadelo” (1972) e se reunido com Altman em “O Perigoso Adeus” (1973). Depois trabalhou com Spielberg em “Louca Escapada” (1974) e em “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” (1977), pelo qual ganhou o Oscar de Fotografia.

Outros filmes de destaque na carreira de Zsigmond são “O Franco-Atirador” (1978) e “O Portal do Paraíso” (1980), ambos de  Cimino; o musical “The Last Waltz” (1978) de Scorsese; “Um Tiro na Noite” (1981) de De Palma; e mais recentemente, três filmes de Allen: “Melinda e Melinda” (2004), “O Sonho de Cassandra” (2007) e “Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos” (2010). Zsigmond era membro da Academia e ganhou o prêmio da associação de cinematógrafos em 1999, pelo conjunto da obra.