Renée Zellweger conquista o segundo Oscar da carreira. O primeiro foi em Atriz Coadjuvante por “Cold Mountain” e, agora, ela leva por “Judy – Muito Além do Arco-Íris”.
Desde setembro, outubro quando comecei com a série de vídeos aqui no canal sobre o Oscar, eu vinha apontando a Renée como a candidata a ser batida no Oscar por conta de duas narrativas que a acompanhavam nesta temporada de premiações.
Primeiro é esta obsessão de prêmios com atores que interpretam figuras históricas.
No Oscar, isso foi mais comum nos últimos anos nas categorias masculinas como vimos nas vitórias do Daniel Day-Lewis, Eddie Redmayne, Gary Oldman e Rami Malek, enquanto entre as mulheres tivemos nos anos 2000 com Julia Roberts, Nicole Kidman, Charlize Theron, Reese Witherspoon, Helen Mirren e Marion Cotillard. Renée retorna com esta tradição agora.
Já a segunda narrativa é a retomada da carreira, sendo o prêmio uma nova oportunidade de resgate da carreira. No caso da Renée, ela passou por problemas depressivos e uma discussão desnecessária sobre a aparência dela.
Preferia a Scarlett Johansson, não nego, mas, de modo geral, não vejo uma vitória absurda da Renée. Acho que ela manda muito bem cantando e as sequências em cima do palco, se apresentando como Judy Garland, é que fazem o filme não cair no marasmo completo. Talvez este seja o maior mérito dele: arrancar brilho em meio a tanta mediocridade.