“A Terra Negra dos Kawa” é o terceiro longa-metragem dirigido pelo amazonense Sérgio Andrade a chegar aos cinemas comerciais de todo Brasil. O primeiro deles foi “A Floresta de Jonathas” em novembro de 2013 e “Antes o Tempo Não Acabava” quatro anos depois – ambos estão disponíveis no Prime Video. 

Para você que não conhece a história do cinema amazonense, antes destes três filmes do Sérgio Andrade, era algo extremamente raro produções do Estado serem exibidas em salas de todo Brasil. “A Selva”, do Márcio Souza, nos anos 1970, “Bocage – Um Hino ao Amor”, do Djalma Limongi Batista, nos anos 1990, e os documentários “O Cineasta da Selva” e “Tudo Por Amor ao Cinema”, do Aurélio Michiles conseguiram feito semelhante, porém, “A Floresta de Jonathas”, “Antes o Tempo não Acabava” e “Kawa” foram produções com equipes praticamente todas locais e vencedoras dos editais de Baixo Orçamento do Ministério da Cultura. 

Anunciado como uma ficção científica, “A Terra Negra dos Kawa” mostra uma família indígena vivendo na Região Metropolitana de Manaus em uma comunidade onde existe em abundância a tal da terra preta, a qual possui composição energética e sensorial rara. Os ancestrais buscam proteger ao máximo este ambiente considerado sagrado. No meio disso, três cientistas brancos demonstram interesses variados sobre esta terra e tentam entrar em contato com a família indígena. 

O elenco traz uma mescla de atores nacionais como Mariana Lima, Marat Descartes e Felipe Rocha com intérpretes indígenas vindos da mesma família liderado pelo patriarca Severiano Kedassere. Infelizmente, este é o último trabalho do seu Severiano: o ator morreu na virada de 2021 para 2022, vítima da Covid-19.  

Você confere agora uma entrevista que fiz com o diretor Sérgio Andrade e o Anderson Kary Bayá, intérprete do filho indígena cientista que deseja reencontrar os antepassados. Em seguida, o papo é com o Felipe Rocha e Marat Descartes.

Ficha Técnica Podcast Cine Set 89

Apresentação e Roteiro: Caio Pimenta

Edição: João Bosco Soares e Caio Pimenta

Agradecimento: Sandra Villela