Depois de dominar os prêmios da crítica, “Nomadland” começa a sua jornada rumo ao Oscar 2021 com a vitória no Globo de Ouro de Melhor Filme de Drama. A produção é a primeira dirigida por uma mulher a levar a categoria.
Em um EUA de luto pelas mais de 500 mil vítimas da COVID-19 e tensionado pela divisão política da era Trump, “Nomadland” retrata muito bem essa melancolia e desesperança de um país sem rumo a partir da crise econômica de 2008. A produção, entretanto, aponta na solidariedade e no olhar para as raízes do país um caminho para a saída deste triste cenário.
Premiado nos festivais de Veneza e Toronto e consagrado pela crítica, “Nomadland” caminha para um favoritismo semelhante a “La La Land” em 2017 ao não parecer ter rivais na disputa.
E diferente do que aconteceu com o musical do Damien Chazelle, a resistência aqui parece ser bem menor.
A estatística, porém, não é tão favorável assim: os últimos três vencedores do Globo de Ouro de Melhor Drama – “Três Anúncios Para um Crime”, “Bohemian Rhapsody” e “1917” – perderam o Oscar.