E deu a lógica, Alfonso Cuarón ganha o seu segundo Oscar como diretor!

A maestria técnica que o cineasta alcançou em “Roma”, desempenhando diversas funções no filme, roteiro, produção, fotografia, montagem, indicam que o diretor mexicano é um artista diferenciado, e que possui peso para bancar um alto orçamentado num filme falado em espanhol. Por mais que o prêmio não venha pelo seu melhor filme (“E Sua Mãe Também” e “Filhos da Esperança” ainda são superiores), a estatueta certamente cai em mãos aptas.

É bom ver uma proposta tão pessoal como esta, claramente o diretor fala de uma realidade próxima a sua, tendo estrutura tão grande, contando com tantos elementos para desenvolver sua trama. Num Oscar que se revelou como um dos mais abertamente políticos nas suas indicações, o prêmio de direção fica em boas mãos.

Num imaginário Top 10 pegando os vencedores desta categoria na última década, colocaria a direção de “Roma” em segundo lugar, atrás de Kathryn Bigelow, por Guerra ao Terror, e a frente do seu compatriota Alejandro González Iñárritu, por Birdman. Interesse notar que nas últimas 6 edições, 5 tiveram vencedores mexicanos no prêmio de direção. Cuarón em 2014 por “Gravidade”, 15 e 16 com Iñarritu, respectivamente, por “Birdman” e “O Regresso”, 18 com Guillermo Del Toro, por “A Forma da Água”.

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