A Dinamarca pode não ser tão amada pelos cinéfilos como são a França e a Itália, mas, no Oscar, o país europeu traz um longo histórico.
O país chega ao quarto prêmio de Melhor Filme Internacional com a vitória de “Druk”.
“A Festa de Babette”, em 1988, “Pelle, o Conquistador”, em 1988, e “Em um Mundo Melhor”, em 2011, foram os ganhadores dinamarqueses anteriores.
Nova parceria entre Thomas Vinterberg e Mads Mikkelsen após o excelente “A Caça”, “Druk” consegue tocar em temas sensíveis como o tédio da vida adulta e a crise dos 50 anos com desprendimento, humor e também um pouco de drama.
Além disso, o filme consegue fugir de moralismo e discursos politicamente corretos sobre bebidas alcóolicas, porém, ao mesmo tempo, sem adotar uma linha irresponsável.
Por tudo isso, é uma pena “Druk” não ter conseguido espaço no Oscar de Melhor Filme; acho que seria até uma forma de trazer mais leveza a uma seleção com muitos filmes pesados.
Quanto a uma possível lista dos últimos ganhadores da categoria, vejo o filme dinamarquês claramente abaixo de “Parasita”, “O Apartamento” e “A Separação”, mas, superior a “Uma Mulher Fantástica”, “O Filho de Saul” e “Roma”.