Dirigido por Thiago Morais, “Cem Pilum – A História do Dilúvio” integra a seleção de curtas-metragens nacionais do 21º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá. O evento será realizado de 22 a 28 de outubro e homenageia a atriz Dira Paes neste ano.

Ganhador do prêmio do júri do último Festival Olhar do Norte, “Cem Pilum” resgata uma das histórias contadas por Feliciano Lana, líder do povo Dessana, morto durante a pandemia da Covid-19. Produzido no Museu Amazônico, da Universidade Federal do Amazonas, o filme já esteve na 21ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis e Santos Film Festival, além de ter sido exibido em Paris em um evento promovido pela Unesco.

O curta amazonense concorre na categoria ao lado de “Fantasma neon”, “Das águas”, “Evé de Òsángín: O Segredo das Folhas”, “O Fim da Imagem”. “Firmina”, “Urubá”, “Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem”, “Promessa de um amor selvagem”, “Cicatriz tatuada”, além de quatro obras que foram realizados em Mato Grosso “Cacica – A Força da Mulher Xavante”, “A Indômita Revolta dos Morangos Assassinos”, “Bixas Pretas: Entre o Amor e os Afetos” e “Cotidiano”.

“A seleção de curtas foi extremamente difícil”, avalia o idealizador e curador do Festival, o cineasta e produtor, Luiz Borges. “Primeiro pela quantidade de filmes e a quantidade de sessões, pois foram mais de 100 horas assistidas. Então a comissão de seleção teve um trabalho hercúleo de assistir os filmes e chegar a esse resultado final”.

O cineasta Luiz Borges observou um fator importante entre os curtas selecionados, é que eles dialogam com o tema do festival: “Pachamama”. Além de filmes que linkam à Pachamama, as temáticas se diversificam. Foram selecionados documentários sobre as desigualdades sociais, filmes de ficção e uma variedade de olhares. “O bacana é que o painel de filmes que vão estar competindo o Troféu Coxiponés muito representa essa diversidade recente da produção brasileira, porque até pouco tempo atrás a produção se centrava no eixo Rio-São Paulo e a gente tem filmes do Amazonas, filmes do Ceará, Rio Grande do Sul, do Paraná e do Mato Grosso – o anfitrião do festival. A sensação é de missão foi cumprida!”, diz Luiz Borges.

com informações de assessoria