Depois de uma boa passagem pelo Cinefantasy 2021, “Jamary” será o filme do Amazonas na primeira edição do Festival de Cinema Brasileiro Fantástico. O evento online e gratuito ocorre entre os dias 12 e 18 de maio e vai exibir longas e curtas-metragens divididos em três mostras: Retrospectiva, Realizadores Fluminenses e Inéditos do Brasil com lives, sessões comentadas e uma masterclass.
Revelado no curta “Cachoeira” e no longa “A Floresta de Jonathas”, ambos de Sérgio Andrade, Begê Muniz vive um grande momento na carreira. Após estrelar o elogiado “Luz nos Trópicos”, de Paula Gaitán, o ator amazonense estreia na direção com “Jamary”. O curta de terror traz a história de Ane, que passa as tardes brincando nos arredores da floresta com seus primos, até se deparar com o Anhangá, um espírito indígena que rodeia a sua comunidade. Ao adentrar mais profundamente na floresta, a menina se depara com uma verdadeira assombração.
O elenco conta com Júlia Cabral, Rosa Maria Malagueta, Elisa Telles, Isabela Catão e Maria Clara. A direção de fotografia fica por conta de Reginaldo Tyson, Sidney Medina está à frente da direção de produção, enquanto Eliana Andrade é a diretora de arte e figurinista.
DIFERENTES TONS DO FANTÁSTICO
Para assistir aos filmes, basta acessar a plataforma Darkflix/Wurlak através do site www.festivalfantastico.com. Será necessário um breve cadastro com nome, e-mail e senha para o login.
“O 1º FCBF é dedicado à valorização do cinema brasileiro fantástico produzido no século XXI. A Mostra Retrospectiva conta com 17 filmes produzidos em diferentes regiões do país e que se vinculam a três eixos temáticos mapeados por nossa curadoria: Horrores do Brasil; Maravilhoso e Cotidiano e Ficção Científica e Distopia. É uma ótima oportunidade de refletir sobre a produção do cinema brasileiro fantástico deste século, apresentando filmes ligados a gêneros massivos como o horror e a ficção científica, mas também outros menos conhecidos como o afrofuturismo e o realismo maravilhoso”, comenta Fabrício Basílio, um dos diretores e curadores do evento.
Comemorando as mais de 400 produções inscritas, Otávio Lima, também diretor e curador do festival, complementa: “Quando se fala em fantástico, uma reação comum é pensar no gênero ‘terror’. Nós queremos mostrar que o fantástico vai além de um só gênero e está mais do que nunca presente nas produções recentes do cinema brasileiro, principalmente em filmes independentes, universitários e primeiros filmes, o que nos mostra uma tendência do cinema no país. Nossa logomarca é um disco voador, que em meio a uma mata tropical, povoada por seres lendários, abduz um liquidificador. Essa estranheza e o deslocamento do mundo real serve para pontuar o que é o fantástico para nós.”
Para Pedro Alves, curador do Festival de Cinema Brasileiro Fantástico Online,“o evento funcionará tanto como um ponto de partida para os amantes do fantástico que não possuem muito contato com a produção audiovisual brasileira contemporânea, quanto como um possibilitador de exibição para filmes aguardados que anteriormente ficavam dependentes de suas exibições presenciais”. Segundo ele, “a seleção de produções consegue apresentar os diferentes tons possíveis do fantástico. O conjunto de filmes selecionados apresenta a pluralidade encontrada na cinematografia fantástica dentro do nosso próprio país”.