Chegou a hora: um dos maiores astros de Hollywood, finalmente, leva um Oscar de Atuação. Por “Era uma vez em Hollywood”, Brad Pitt conquista Melhor Ator Coadjuvante. Mesmo com a sombra de dois gigantes – Al Pacino e Joe Pesci – ele não se fez de rogado e passou por cima de todos nesta temporada de premiações.
Esta era a quarta indicação do Brad Pitt ao Oscar: ele concorreu duas vezes a Melhor Ator por “O Curioso Caso de Benjamin Button” e “O Homem que Mudou o Jogo” e outras duas em Coadjuvante, por “Os 12 Macacos” e, agora, pelo filme do Tarantino.
Tem muita gente que torce o nariz para a atuação do Brad Pitt em “Era uma vez em Hollywood”, mas, eu particularmente, gosto demais.
Isso porque eu acho que o Tarantino consegue trazer os dois lados que marcaram a trajetória do Brad Pitt nos cinemas: o galã bonitão, forte, capaz de conquistar as garotas por onde passa e vencer o primeiro atrevido que ouse lutar contra ele, no caso, um sujeito chamado Bruce Lee. Ao mesmo tempo, tem toda o talento do ator para construir uma figura intrigante pelo passado e pelo que deseja (ou não) da vida. Fora que a sintonia dele com o DiCaprio forma uma dupla capaz de remeter a outras dobradinhas famosas como, por exemplo, Robert Redford e Paul Newman.
Evidente que esse Oscar poderia ter saído lá com “Clube da Luta” ou “Bastardos Inglórios”, mas, é muito bom ver um cara que se não se deixou levar pelo rótulo de galã e se tornou um ator de primeira ser reconhecido pela Academia.