Uma categoria aberta sem um grande favorito absoluto à vitória e com vagas em sobra para as indicações.

De Paul Dano a Jeremy Strong, Caio Pimenta traz as previsões iniciais para Melhor Ator Coadjuvante no Oscar 2023.

CANDIDATOS IMPROVÁVEIS 

A turma dos candidatos praticamente sem chances abre com dois atores que podem surgir no Oscar por outros filmes. 

Batman” até poderia chegar forte na temporada de premiações se não estivesse praticamente apagado nesta altura do campeonato.

Com isso, fica improvável acreditar em Paul Dano como Charada e o Colin Farrell de Pinguim com quaisquer chances de indicações.

Quem sabe a Warner não muda o panorama no fim do ano? 

Falando na Warner, o estúdio também não vê maiores possibilidades para um dos maiores astros de Hollywood. 

Chega a ser estranho pensar no Austin Butler garantido em Melhor Ator por “Elvis” e ser o oposto com o Tom Hanks.

Porém, o excesso na caricatura do Coronel Tom Parker seja na composição visual ou no sotaque carregado fazem o trabalho do duas vezes ganhador do Oscar ser o ponto baixo da cinebiografia.

Se crescer na temporada, será graças ao filme. 

My Policeman” não vingou ainda que não tenha sido um desastre à la “Amsterdam”.

Com isso, Harry Styles em ator coadjuvante parece improvável demais, especialmente, com a zoeira dos memes de “Não se Preocupe Querida” espalhadas nas redes sociais.

Completa o time o Miles Teller em “Top Gun: Maverick”. 

CORRE POR FORA 

Subindo um pouco mais nas chances, Toby Jones e Colin Firth, ambos por “Império da Luz”, podem até ganhar força ao longo da temporada caso o drama do Sam Mendes caía no gosto da Academia, mas, até agora, estão apenas correndo por fora. 

Já o Don Cheadle é a esperança de “Ruído Branco” surgir nas categorias de atuação.

São quase 20 anos da única nomeação dele por “Hotel Ruanda”, o que pode favorecê-lo.

Se o longa do Noah Baumbach se recuperar, quem sabe? 

O Stanley Tucci também sofre sem uma indicação desde 2010 com “Um Olhar no Paraíso”.

Problema é “I Wanna Dance With Somebody” conseguir ir longe no Oscar que não seja a nomeação da Naomie Ackie.

Já o Brad Pitt corre por fora neste momento, porém, tanto pode crescer caso “Babilônia” seja um sucesso como pode sumir da corrida se o escândalo da vida pessoal piorar. 

O Mark Strong, de “TÀR”, completa o time que corre por fora na disputa pela indicação.  

CHANCES MÉDIAS 

Premiado em 2021 por “Meu Pai”, o Anthony Hopkins pode aproveitar a ascensão de “Armageddon Time” para chegar à sétima indicação da carreira.

A grande fase atual do britânico o credencia ainda mais. 

Falando de oscarizado, temos o Eddie Redmayne interpretando um enfermeiro responsável pela morte de centenas de pessoas nos EUA em “The Good Nurse”.

A estratégia da Netflix em colocá-lo aqui em vez de ator principal mostra a aposta do streaming na nomeação. 

O Woody Harrelson busca a quarta nomeação, desta vez, por “Triangle of Sadness”.

Se o filme for abraçado pela Academia, vejo possibilidades reais.

Assim como o Daniel Bruhl, o qual foi ignorado por “Rush” e é o grande nome do elenco de “Sem Novidade no Front”, drama de guerra que, com certeza, crescerá bastante nesta temporada ainda. 

Por fim, temos o Barry Keoghan, outro do “Batman” que terá chances por “The Banshees of Inisherin”.

O irlandês, porém, terá que superar um colega do próprio filme com chances maiores do que ele.

Já o Mark Rylance, de “Bones and All”, também é um nome a ser considerado.

Vale lembrar aquele Oscar inesperado por “Ponte dos Espiões”.

Prestígio não falta a ele em Hollywood.

Porém, há também a possibilidade do Timothée Chalamet ser deslocado para cá em vez de ir para Melhor Ator. 

CHANCES GRANDES 

Hora de falar daqueles candidatos fortes com chances grandes de serem indicados. 

O Brian Tyree Henry, de “Causeway”, foi bastante elogiado pela atuação ao lado da Jennifer Lawrence.

É um personagem discreto, mas, importante para a superação dos traumas da protagonista. Acredito que conquiste muitos votantes da Academia se o filme não for esquecido no meio do caminho. 

Sucesso absoluto em “Succession”, o Jeremy Strong pode chegar ao Oscar com “Armageddon Time”, onde interpreta o pai da família do protagonista baseado no diretor James Gray.

Também em busca da primeira nomeação está o Ben Whishaw, o destaque masculino no meio do grande elenco feminino de “Women Talking”.  

E ainda tem o Paul Dano, aqui, com melhores chances pelo grande filme da temporada, “Os Fabelmans”.

Só um fator pode atrapalhá-lo. 

VAGAS GARANTIDAS 

O Paul Dano só não entra aqui no time de garantidos porque temos um outro nome de “Os Fabelmans” com mais força do que ele. 

Estou falando do Judd Hirsch, o qual rouba a cena em “Os Fabelmans”.

O retorno dele após mais de 40 anos da primeira indicação por “Gente como a Gente” é uma boa pedida para a nomeação dele assim como a presença pequena, mas, marcante para cima do Dano. 

Também integra o time dos favoritos um respeitado ator com trajetória reconhecida na indústria e uma surpresa querida do público. 

O Brendan Gleeson chega com a maior chance de ser nomeado na carreira por “The Banshees of Inisherin”.

Nunca ter sido nomeado ao Oscar mesmo com grandes sucessos na filmografia deve pesar a favor do irlandês.

Caso mais semelhante a ele é do J.K Simmons que, após muitos filmes relevantes, só foi vencer com “Whiplash”. 

Já o Ke Huy Quan consegue trazer tanto a emoção quanto o humor para “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”.

O ator vietnamita lançado em “Indiana Jones” terá certamente o apoio popular a seu favor em um filme cada vez mais abraçado pela indústria.

Pode ser uma surpresa semelhante a Youn Yuh-jung, de “Minari”, em 2021.