Nenhuma novidade em atriz coadjuvante: o Oscar 2024 ficou mesmo com a Da´Vine Joy Randolph.

Somente nesta temporada ela venceu o Globo de Ouro, Critics Choice, Bafta, SAG, Spirit Awards.

Agora, eu apresento os quatro fatores que a ajudaram nesta conquista. 

https://youtu.be/47hi-tUcnYU

1. TRADIÇÃO DA ACADEMIA – 10%

Na conta que levou ao Oscar da Da´Vine Joy Randolph, 10% vai para uma tradição da Academia. 

Ariana DeBose, Alicia Vikander, Lupita Nyong´o, Marisa Tomei…

Melhor Atriz Coadjuvante é uma categoria que a Academia gosta de apontar novos nomes.

Também consagra no cinema aqueles nomes que já vinham chamando atenção há algum tempo, mas, nunca tinha tido papéis de tamanho destaque. Aqui se encaixam as vitórias recentes da Allison Janey, Regina King e Jamie Lee Curtis. 

A Da´Vine transita nas duas características: se não chega a ser uma revelação, ela ainda está no início de uma jornada nos cinemas após trabalhos de destaque no teatro.

Meu Nome é Dolemite” era até então o seu trabalho mais conhecido até aqui. Em “Os Rejeitados”, ela encontra o filme ideal para se destacar. 

2. CATEGORIA MENOS DISPUTADA – 15%

Também não dá deixar de fingir que Melhor Atriz Coadjuvante não foi categoria mais disputada nesta temporada.

Havia sim boas concorrentes como a Emily Blunt e a Jodie Foster, mas, nenhuma brilhante. Isso permitiu que a Da´Vine sobrasse, afinal, era sem muita dificuldade a melhor atuação.

Considero que 15% da vitória esteja respondida neste aspecto. 

3. RECONHECIMENTO AO ELENCO DE “OS REJEITADOS” – 25%

O prêmio de Da´Vine serve também como reconhecimento para todo o elenco de “Os Rejeitados”.

Com o Dominic Sessa fora de ator coadjuvante e o Paul Giamatti perdendo força no duelo contra o Cillian Murphy em Melhor Ator, sobrou esta categoria para homenagear uma produção claramente muito querida da temporada, especialmente, por conta de um grupo de atores em seu melhor estado. 

4. QUALIDADE DO TRABALHO – 50%

Por fim, 50% da vitória não poderia ter outro motivo que não a atuação excelente. 

Interpretando uma personagem em luto, a Da´Vine comove por um sofrimento que, muitas vezes, precisa ser calado ou marginalizado pelo preconceito racial e a classe social.

Isso não impede da solidão e da dor dela ser palpável a cada cena de “Os Rejeitados” em que aparece.

Paralelo a isso, ela serve como ponte de compreensão entre o professor e o aluno sempre com boas sacadas. 

Trabalho lindo da Da´Vine! Mereceu demais esse Oscar.