Com depoimentos dos principais nomes do graffiti de Manaus, o documentário manauara “Os Traços Urbanos da Floresta” já está disponível no YouTube. A produção conta com entrevistas de artistas como Débora Erê, Lore Paes, Gaby, Zet, Paradise, Zet, Arab, Liu, Olhinho, Gnos, Alessandro Hipz, Raiz, Máfia, Nixon e Knort. A direção e a montagem ficaram por conta de Homero Lacerda.
Assumindo o formato de obra coletiva, o documentário nasceu nos bares do Centro de Manaus em conversas entre o fotógrafo e videomaker Homero Lacerda e o graffiteiro Arab, codinome de Rogério Arab, que também conta sua relação com a arte e o espaço público ao longo da obra documental. “A mensagem que o documentário oferece é a dessa possibilidade do graffiti como expressão dos amazônidas para falar de Manaus. Abordamos também quais são os desafios e os motivos dela ser tão especial na cena manauara”, conta Homero.
Para gravar o filme, a produtora Cristine Pinagé relata que foi preciso se adaptar aos protocolos sanitários da COVID-19, mas, sem perder o cenário fundamental para os artistas: a rua. “Basicamente, o roteiro foi construído em cima da própria vivência de arte urbana. Procuramos por outros documentários, conversamos com o pessoal do graffiti e gravamos nos cenários em que os artistas mais se sentem representados. Procuramos acrescentar os contextos sociais envolvidos, as suas referências. Acho que esse documentário é um divisor de águas em Manaus”, relata.
Um mural foi produzido durante as filmagens e contou com a participação de Rosie, Biels e Smith. “A poética é a mesma: a lata ou o vídeo são suportes pra gente expressar a arte”, assim resume o graffiteiro Liu, um dos entrevistados do documentário, ao falar sobre como foi trabalhar como assistente de produção no documentário. O documentário “Os Traços Uurbanos da floresta” foi premiado pela Lei Aldir Blanc – Conexões Culturais 2020, da Prefeitura de Manaus.
com informações de assessoria