A acirrada categoria de Melhor Elenco fica com “Coda – No Ritmo do Coração”. A produção da Siân Heder não tomou conhecimento do favorito “Belfast” e das estrelas de “Não Olhe Para Cima” e fatura aquela que deve ser sua maior conquista nesta temporada de premiações. 

Diferente das categorias de atuação, o SAG de Melhor Elenco não costuma ser tão preciso em relação ao Oscar de Melhor Filme: desde 1995, só foram repetidos os vitoriosos em ambas por 12 vezes. 

Sem “Ataque dos Cães”, o verdadeiro Melhor Elenco da temporada, acho justa demais esta vitória de “Coda”.  

A sinergia do grupo de atores faz o público comprar a batida história de amadurecimento da protagonista.

Liderado pelo ótima Emilia Jones, o elenco de “Coda” emociona pela naturalidade com que transmite a emoção daquela história com destaque para o ótimo Troy Kotsur, Marlee Maitlin e, acredite se quiser, até o Eugenio Derbez. 

O reconhecimento aqui no SAG para “Coda” se assemelha ao visto em relação a “Pantera Negra”, ou seja, produções queridas por todos – público, indústria, crítica – que, dificilmente, terão a oportunidade de vencer o Oscar de Melhor Filme, mas, que merecem ter seu momento de glória. 

RUMO AO OSCAR


Para o Oscar, este resultado acaba com “Belfast”: se o longa do Kenneth Branagh não venceu aqui sem a concorrência de “Ataque dos Cães” e “Amor, Sublime Amor”, fica difícil acreditar na produção no restante da temporada.

Não leva o DGA, terá muitas dificuldades no PGA e jogará a última cartada no Bafta. Está em queda total desde o início de janeiro sem sinal de reversão.  

Melhor para “Amor, Sublime Amor” e, especialmente, “Ataque dos Cães”, ambos esnobados, mas, que, pelo menos, não sofrem este desgaste de “Belfast”.

O longa da Jane Campion fica cada vez mais com caminho livre para a vitória no dia 27 de março.