De “Moana 2” a “Longa Jornada Noite Adentro”, Caio Pimenta finaliza a lista de mais candidatos ao Oscar 2025.

LANGE A TRIO FEMININO

Clássico do Eugene O’Neill, “Longa Jornada Noite Adentro” já teve diversas versões para o cinema. Em Hollywood, a mais famosa delas é de 1962 estrelada pela Katharine Hepburn, inclusive, indicada ao Oscar. Agora, a obra ganha nova versão protagonizada por Jessica Lange, Ed Harris, Ben Foster e Colin Morgan.

A história se passa em um dia e mostra a luta de uma família para que a matriarca consiga se livrar do vício em morfina, enquanto enfrentam as dores das memórias do passado.  

Pode ser o retorno da Jessica Lange ao Oscar: ela já venceu duas estatuetas – uma por “Tootsie” e a outra por “Céu Azul” -, mas, não é indicada desde 1995.

Também vejo espaço para o Ed Harris também sumido desde 2003 quando concorreu por “As Horas”.  

Não é de hoje que a Julia Louis-Dreyfus tenta obter o mesmo prestígio da TV no cinema. Produzido pela A24, “Tuesday – O Último Abraço” é a mais nova tentativa.

No drama, ela interpreta uma mãe que, ao lado da filha, precisará enfrentar a morte quando esta chega na forma de um pássaro. A estreia no Brasil está marcada para 4 de julho. 

“His Three Daughters” reúne três atrizes prestigiada dentro do cinema americano atual, mas, ainda sem maiores chances no Oscar.

Carrie Coon, Elizabeth Olsen e Natasha Lyonne vivem três irmãs que se reúnem para se despedir do pai, o qual está nos últimos dias.

Hoje, aposto mais que é daqueles filmes pequenos que somem no meio do caminho do que ser uma obra capaz de roubar as atenções. Tomara que esteja errado. 

ALMODÓVAR A JUDE LAW

Já o genial Pedro Almodóvar estreia na direção de longas falados em inglês com “The Room Next Door”.

O espanhol terá ‘apenas’ Tilda Swinton e Julianne Moore como protagonistas, duas das maiores atrizes norte-americanas das últimas décadas.

A obra acompanha o rompimento de uma mãe com a filha sendo observado por uma amiga de ambas.

As gravações começaram em março, logo, pode ser que o filme não fique pronto a tempo, porém, caso tudo dê certo, é um potencial candidato nas categorias principais. 

Se em 2024 tivemos “Nyad”, por que não apostar as fichas em “Young Woman and the Sea”?

O drama da Disney apresenta a história de Trudy Ederle, que, em 1926, foi a primeira mulher a atravessar o Canal da Mancha a nado.

A Daisy Ridley faz às vezes de Annette Bening aqui no longa com direção de Joachim Rønning, cineasta norueguês de sucessos como “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” e “Malévola 2”. 

Já o Justin Kurzel, de “Macbeth” e “Assassins´s Creed”, traz o suspense “The Order”.

Na história baseada em um caso real, o Jude Law interpreta um agente da polícia na caça de um grupo de supremacistas brancos especializado em roubos a bancos liderado por um líder carismático vivido pelo Nicholas Hoult. 

Com “Klara and the Sun”, o Taika Waititi pode se recuperar do tombo de “Quem Fizer Ganha”.  

A Jenna Ortega, também conhecida como a Wandinha da Netflix, fará um robô com a missão de ajudar uma família a lidar com um momento delicado de vida ou morte.

A Amy Adams interpreta a mãe no filme que precisará correr para ficar pronto a tempo do Oscar 2025.  

‘DANTE’ A ‘MOANA’

Já pensou ter um elenco com Al Pacino, Oscar Isaac, Gal Gadot, Jason Momoa, Gerard Butler e até Martin Scorsese?

Este é o privilégio do Julian Schinabel, diretor indicado ao Oscar por “O Escafandro e a Borboleta”. Desta vez, o francês comanda “In the Hand of Dante”.

Cotado para estar no Festival de Veneza 2024, o suspense acompanha a trajetória de um homem que mergulha em um inferno metafórico até chegar ao paraíso em busca de seu amor proibido e impossível. 

O Al Pacino também estará em “Modì”. Dirigido pelo Johnny Depp – sim, ele mesmo -, a produção se passa em Paris durante três dias em plena Primeira Guerra Mundial e mostra a luta do artista italiano Modigliani para encontrar um local para suas obras.

Também cotado para Veneza, a obra terá desafio para chegar forte ao Oscar por conta do desgaste da imagem de Depp devido aos escândalos pessoais dos últimos anos. 

Para fechar o especial, nada melhor do que “Moana 2”: a superprodução é a aposta da Disney para reconquistar Melhor Animação após duas derrotas consecutivas.

Pode ser ainda uma forma da Academia prestigiar uma franquia que viu o primeiro filme ser batido por “Zootopia”.

O problema será superar o rival interno “Divertida Mente”, outra continuação do estúdio do Mickey. As bilheterias podem ajudar a resolver o impasse.