Nos últimos vídeos, falei de estrelas do cinema que nunca foram indicadas ao Oscar, mas, seguem atuando e com oportunidades de mudarem o cenário.
Por outro lado, houve aqueles nomes históricos que, infelizmente, já nos deixaram e ficaram sem a chance de disputarem o cobiçado prêmio.
De Marilyn Monroe a Carrie Fisher, listo grandes nomes do cinema, já mortos, que nunca concorreram ao Oscar.
DE MONROE A LEWIS
Dois dos nomes mais populares da história de Hollywood ficaram tão presas ao rótulo de símbolos sexuais que nunca foram levadas à sério como atrizes. Isso as impediu de conseguirem serem indicadas ao Oscar mesmo quando mereciam.
A Marilyn Monroe, por exemplo, estrelou clássicos do cinema como “A Malvada” e “Os Homens Preferem as Loiras”.
Possibilidades de indicações ao Oscar tiveram aos montes seja com a exuberância em “O Pecado Mora ao Lado”, no divertido “Nunca Foi Santa” e, claro, em “Quanto Mais Quente Melhor”, pelo qual, aliás, venceu o Globo de Ouro em 1960.em Melhor Atriz de Comédia/Musical.
A Academia, entretanto, a ignorou todas as vezes.
A Rita Hayworth simplesmente fez uma das atuações mais icônicas da história em “Gilda”.
O longa podia não ser brilhante – aliás, passava longe disso -, porém, esnobar a estrela simplesmente não fazia sentido.
Também poderia ter sido nomeada em “A Dama de Xangai”, do Orson Welles, e “O Mundo do Circo” ao lado do John Wayne. Infelizmente, não aconteceu.
Bem antes do Adam Sandler e Jim Carrey, outro gênio da comédia foi deixado de lado pelo Oscar.
O Jerry Lewis também sofreu com os rótulos de careteiro e do gênero não ser levado à sério para concorrer aos prêmios na Academia.
Atuações marcantes como “O Mensageiro Trapalhão”, “Boeing Boeing” e, principalmente, “O Professor Aloprado” passaram longe da festa.
Nem mesmo a homenagem prestada pelo Martin Scorsese em “O Rei da Comédia” escapou.
E olhe que, pelo mesmo trabalho, o comediante concorreu em Ator Coadjuvante para o Bafta.
DE KINSKI A COTTEN
Se hoje em dia, já é difícil atores fora do mercado norte-americano e britânico, imagina tempos atrás. Isso levou a esnobadas inaceitáveis décadas atrás.
O polonês Klaus Kinski realizou três atuações que ficaram eternizadas: “Aguirre: a Cólera dos Deuses”, “Nosferatu” e “Fitzcarraldo”.
Curiosamente, assim como ele, os filmes também não receberam nenhuma indicação.
Já o Raul Julia viu “O Beijo da Mulher-Aranha” ter nomeações a Melhor Filme, Direção, Ator com William Hurt, mas, ele ficou de fora de ator coadjuvante.
Simplesmente inacreditável visto que o porto-riquenho era um dos pontos altos do drama.
“A Tempestade” e “Luar sobre Parador” também renderam indicações ao Globo de Ouro ao Raul Julia, mas, no Oscar, nada. O Raul Julia, entretanto, não foi o único que participou de produções fortes na temporada de premiações esquecido no rolê.
Que o diga o John Cazale: o ator esteve no elenco dos dois primeiros “O Poderoso Chefão”, “A Conversação”, “Um Dia de Cão” e “O Franco-Atirador”.
Todos indicados a Melhor Filme.A Academia, sabe-se lá por qual razão, o ignorou todas as vezes.
A morte precoce aos 42 anos deixou este vazio inaceitável.
Rainha do Technicolor e grande estrela dos anos 1940 e 1950, a Maureen O´Hara esteve nos elencos de “Como Era Verde Meu Vale”, “Depois do Vendaval” e “De Ilusão Também se Vive”.
E por todos foi solenemente ignorado.
Antes dela, o Joseph Cotten também sofreu sendo esquecido em “Cidadão Kane”, “Soberba”, “À Meia Luz”, isso para não falar do clássico “O Terceiro Homem”.
FISHER E RICKMAN
Por fim, duas estrelas super queridas pelo público que o Oscar não prestigiou.
A Carrie Fisher bem que poderia ter obtido uma indicação pela inesquecível Princesa Leia da saga “Star Wars”.
Depois, ainda vieram bom desempenho em “Hannah e Suas Irmãs” e “Harry e Sally” com trabalhos capazes de serem nomeados em atriz coadjuvante fácil.
Já o Alan Rickman começou estrelando sucessos como “Duro de Matar” e “Robin Hood”, mas, poderia ter entrado no radar do Oscar em “Razão e Sensibilidade” e “Michael Collins”.
Agora, não seria absolutamente nada absurdo vê-lo obter uma indicação pelo Severus Snape na série “Harry Potter” na segunda parte de “Relíquias da Morte”.
A Academia, infelizmente, segue sendo incapaz de expandir os horizontes para atuações fora do padrão típico que a temporada de premiações costuma prestigiar.