O Festival de Gramado volta seu olhar novamente para a produção amazonense: a animação “Stone Heart” será o representante do Estado na mostra de curtas nacionais, a mesma vencida em 2020 por “O Barco e o Rio”, de Bernardo Abinader. Dirigido pelo parintinense Humberto Rodrigues, a obra é uma co-parceria entre a produtora do Amazonas Petit Fabrik e a gaúcha Druzina Content em co-produção com as também gaúchas KF Studios e a Bactéria Filmes.
Com pouco menos de nove minutos, “Stone Heart” se passa em um mundo abstrato pós-apocalíptico, onde as pessoas foram transformadas em pedra, escravizadas por seus próprios vícios. Uma flor aparece no deserto e liberta um dos seres de pedra com sua beleza. De volta à sua humanidade, ele se apaixona pela imagem da flor quebrando a desolação. No entanto, dessa relação cresce o egoísmo e o aprisionamento que se transformam em uma jornada emocional para a autodestruição.
“Essa é uma das reflexões que o filme traz e por isso estamos muito felizes com sua seleção no 49º Festival de Gramado: por podermos difundir a nossa arte em uma produção que conecta o Brasil de Norte a Sul”, disse Luciana Druzina, produtora executiva do filme e CEO da gaúcha Druzina Content, uma das empresas produtoras do curta.
“Stone Heart” será exibido no primeiro dia do festival e ficará disponível durante o período do evento – de 13 a 21 de agosto – no streaming do Canal Brasil. Na TV, a emissora levará o curta ao ar no dia 15 de agosto. No dia seguinte, Humberto Rodrigues participa de um debate ao vivo sobre o curta no YouTube.
O DIRETOR E A PETIT FABRIK
Humberto Rodrigues nasceu em Parintins, cidade conhecida pelo boi-bumbá e pela clássica disputa entre Caprichoso e Garantido. Desde a infância, ele começou a desenhar e, aos poucos, realizou seu sonho de trabalhar com audiovisual.
Apaixonado por cinema, games e animação, conquistou uma vaga para especializar-se na escola Gobelins, em Paris, reconhecida como uma das melhores escolas de artes do mundo. Humberto já conta com mais de 10 anos de experiência na área, dirige projetos de TV, cinema, tecnologia e games com conteúdos publicados em canais e plataformas na América Latina e no mundo.
Fundada em 2007, a Petit Fabrik ficou conhecida no mercado como uma empresa desenvolvedora de games para PC e mobile. Nos últimos anos, o estúdio passou a investir cada vez mais no setor de animação.
O maior sucesso é a série ‘Lupita no Planeta de Gente Grande’: no Festival de Gramado 2020, a obra venceu o prêmio de Melhor Animação Infantil do Conexões Gramado Film Market e também disputou o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
AMAZONAS NOVAMENTE EM GRAMADO
A chegada de “Stone Heart” ao Festival de Gramado 2021 é mais um símbolo do grande momento do audiovisual do Amazonas neste terceiro ciclo do cinema do Estado. Pelo segundo ano consecutivo, a produção local participa do mais tradicional e conhecido evento do setor do país.
Em 2020, “O Barco e o Rio” promoveu uma das mais belas páginas do cinema amazonense em todos os tempos ao levar cinco Kikitos: Melhor Filme do Júri, Melhor Filme do Júri Popular, Melhor Direção para Bernardo Abinader, Melhor Direção de Fotografia para Valentina Ricardo e Melhor Direção de Arte para Francisco Ricardo.
Vale destacar que Bernardo e Valentina são os sócios da produtora do curta, a Fita Crepe Filmes, e são egressos do extinto curso de audiovisual da Universidade do Estado do Amazonas.
Antes de “O Barco e o Rio”, a última vez que uma produção do Amazonas participou do Festival de Gramado foi em 1997 com “Bocage – O Triunfo do Amor”: o longa dirigido por Djalma Limongi Batista recebeu o prêmio especial do júri. Antes dele, “Ajuricaba – O Rebelde da Amazônia”, dirigido pelo mineiro Oswaldo Caldeira e rodado em Manaus com produção da então Fundação de Cultura do Estado do Amazonas, foi premiado em 1978 com Melhor Roteiro.
CONFIRA OS OUTROS SELECIONADOS PARA O FESTIVAL DE GRAMADO 2021:
LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
A Primeira Morte de Joana (RS),de Cristiane Oliveira
A Suspeita (RJ),de Pedro Peregrino
Álbum em Família (RJ),de Daniel Belmonte
Carro Rei (PE),Renata Pinheiro
Homem Onça (RJ),de Vinícius Reis
Jesus Kid (PR),de Aly Muritiba
O Novelo (SP),de Claudia Pinheiro
LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS
Gran Avenida (Chile),de Moises Sepulveda
La teoría de los vidrios rotos (Uruguai, Brasil e Argentina),de Diego Fernández Pujol
Planta permanente (Argentina e Uruguai),de Ezequiel Radusky
Pseudo (Bolívia),de Gory Patiño e Luis Reneo
CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS
A Beleza de Rose (CE),de Natal Portela
A Fome de Lázaro (PB),de Diego Benevides
Animais na Pista (PB),de Otto Cabral
Aonde vão os Pés (PR),deDébora Zanatta
Da Janela Vejo o Mundo (PR),de Ana Catarina Lugarini
Desvirtude (RS),de Gautier Lee
Entre Nós e o Mundo (SP),de Fabio Rodrigo
Eu não sou um robô (RS),de Gabriela Lamas
Fotos Privadas (RJ),de Marcelo Grabowsky
Memória de Quem (Não) Fui (RJ),de Thiago Kistenmacker
O que Há em Ti (SP),de Carlos Adriano
Per Capita (PE),de Lia Leticia
Quanto Pesa (MA),de Breno Nina
Stone Heart (AM),de Humberto Rodrigues
CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS
Jardim das Horas (Porto Alegre),de Matheus Piccoli
Cacicus (Santa Cruz do Sul),de Bruno Cabral e Gabriela Dullius
Era uma Vez… uma Princesa (Porto Alegre),de Lisiane Cohen
Depois da Meia Noite (Caxias do Sul),de Mirela Kruel
Para Colorir (Porto Alegre),de Juliana Costa
Um dia de primavera (Porto Alegre),de Lisi Kieling
Nave Mãe (Sapucaia do Sul),de Gisa Galaverna e Wagner Costa
Rota (São Leopoldo),de Mariani Ferreira
Tormenta (Porto Alegre),de Emiliano Cunha e Vado Vergara
Não Sou Eu (Porto Alegre),de Theo Tajes
Comboio pra Lua (Pelotas),de Rebeca Francoff
Fé (Porto Alegre),de Thais Fernandes
Tom (Porto Alegre),de Felippe Steffens
Solilóquio (Porto Alegre),de Marcelo Stifelman
Nilson filho do campeão (Santa Cruz do Sul),de Diego Tafarel
Eu não sou um robô (Porto Alegre),de Gabriela Lamas
Desvirtude (Porto Alegre),de Gautier Lee
Noite Macabra (Canoas),de Felipe Iesbick
Love do Amor (Restinga Sêca),de Fabrício Koltermann
Isso me faz pensar (Porto Alegre, de Hopi Chapman
Brecha (Pelotas),de Helena Thofehrn Lessa
Rufus (São Leopoldo),de Eduardo Reis
Hora feliz (Porto Alegre),de Alex Sernambi
Trem do Tempo (Pelotas),de Vitor Rezende Mendonça
com o apoio de informações de assessoria