MELHOR SÉRIE DE 2021 

  1.  “Mare of Easttown” – 4 VOTOS
  2. “Missa da Meia-Noite” – 2 VOTOS
  3. “Succession”, “Hacks”, “Round 6”, “Por Trás dos Seus Olhos” – 1 VOTO

 BRUNO CURY E VANESSA MORAIS – “ROUND 6” 

Realmente a série mais vista da Netflix vale muito a pena. Mesmo com o último episódio dando todos os indícios de uma segunda temporada, com mais foco nisso do que em fechar a história, o primeiro episódio com a boneca assassina cantando “batatinha frita, um, dois, três” é aterrorizante. É muito bem-feita, dirigida e o elenco entrega atuações marcantes. “Round 6” não é só horror e violência; é uma série sobre a humanidade e o que as pessoas são capazes de fazer quando se encontram em situações de desespero. Os produtores acertaram em cheio com essa mistura de violência extrema e a condição humana, engajando o espectador em uma trama inteligente que traz muitas reflexões.   

CAIO PIMENTA – HACKS 

Que surpresa deliciosa esta ótima e injustamente pouco conhecida série da HBO. São apenas 10 episódios com menos de 30 minutos liderados pela inspirada dupla Jean Smart e Hannah Einbinder. Vale a maratona! 

CAMILA HENRIQUES – “SUCCESSION” 

Menções honrosas: Small Axe, Cenas de um Casamento, Only Murders in the Building, Hacks, Mare of Easttown 

Mais um ano de ouro pra HBO, encerrado com o êxito da terceira temporada de “Succession”. A série parece fadada ao destino de “Família Soprano” e “Breaking Bad” (essa, da AMC) no rol de grandes retratos televisivos de personagens que amamos odiar, mas não conseguimos desapegar. 

DANILO AREOSA – “A MISSA DA MEIA-NOITE” 

“A Missa da Meia-Noite” é outro belíssimo acerto de Mike Flanagan no horror. Diferente do que aconteceu nas suas outras minisséries para Netflix adaptadas de best-sellers, ele parte de um texto próprio para construir o seu universo macabro, situado em uma pequena ilha afastada do continente americano, um espaço tranquilo, mas que esconde segredos e conflitos entre seus personagens. Um ponto que seduz fortemente na série é a enorme habilidade de Flanagan em utilizar o horror para contar histórias que versam sobre a natureza humana. Possui diálogos (às vezes monólogos) impactantes que trazem questionamentos acerca da morte e que são misturados a elementos poéticos e debates filosóficos sobre a existência humana. A série também apresenta um trabalho de câmera majestoso, que extrai o uso do campo-contracampo com avanços suaves que potencializam a dramaticidade. “Missa da Meia-Noite” é o toque autoral de Flanagan, onde a morte e a perda em sua concepção são elementos de transformações. Contém algumas das reflexões mais bonitas e tristes sobre vida e morte, mostrando que dentro do universo da série, há espaço para o amor, o perdão e a redenção, além de tocar em um assunto extremamente atual, o fervor religioso usado para cegar as grandes massas. 

IVANILDO PEREIRA – Mare of Easttown 

Menções honrosas: Missa da Meia-Noite (Netflix), Succession: Terceira Temporada (HBO) 

A história de uma mulher comum, que cuida de sua família e da sua vidinha modorrenta, e que calha de ser investigadora de um assassinato e uns desaparecimentos, foi a minha atração favorita da TV em 2021. Ancorada pela grande atuação de Kate Winslet – a melhor de sua carreira, e isso é dizer muito – Mare of Easttown transcende seus elementos de gênero e se torna uma produção muito pessoal, inteligente e bem resolvida. Mas para além do trabalho com gênero, o que mais importa é a história e a personagem, uma criação tão bem realizada que o espectador tem vontade de entrar na tela e dar um abraço nela.  

LAIZE MINELLI – “MISSA DA MEIA-NOITE” 

Certamente a categoria mais fácil de todas; aquela que eu não precisei pensar porque repeti isso o resto do ano, depois que assisti aos seis episódios, em setembro de 2021. Essa série é o cristal do Mike Flanagan: profunda, instigante, acolhedora e de explodir a mente. Não vi nada que reunisse tanta criatividade, profundidade, acidez e delicadeza como esta série disponível na Netflix. 

LUCAS LOPES AFLITOS – “MARE OF EASTTOWN” 

Sou viciado em séries, mas em 2021, fiquei devendo em assistir as novas produções e colocar as antigas e abandonadas pelo caminho em dia. Porém, na correria do dia a dia, consegui assistir algumas excelentes produções de 2020 e 2021. “I May Destroy You” é a maior e melhor coisa que vi ano passado que caminha por universos muito particulares ao meu, tocou fundo. Contudo, é uma produção de 2020. “It´s a Sin” também é uma minissérie fantástica. “Hacks” e “The Flight Attendant” me arrancaram boas risadas. Mas nada se comparada, em produções inéditas, com “Mare of Eastttown”. Que trabalho do elenco! Todo mundo ali é enlutado de alguma forma e usa do luto e das inquietações cotidianas para sobreviver, não somente no convívio em sociedade, mas consigo mesmo. E Kate Winslet? Ela é minha atriz favorita desde que me entendo por gente e esse trabalho é mais uma prova que ela é uma atriz sem limites. O seu corpo é instrumento. Belíssimo trabalho de mais uma produção acima da média da HBO. A titã das séries e minisséries. 

LUCAS VASCONCELOS – “MARE OF EASTTOWN” 

Com apenas sete episódios, “Mare of Easttown” apresenta uma história capaz de envolver o público em uma trama bastante intensa e imersiva. O enredo navega entre o drama familiar e o suspense policial investigativo com maestria. Do começo ao fim, a trama garante e mantém a intensidade em cada episódio. As reviravoltas são interessantes e coesas para a história, além de trazer um final catártico e surpreendente. O desempenho de todo o elenco é exemplar, mas é Kate Winslet que se destaca como a detetive protagonista da minissérie. Sua atuação é marcante em todo tempo de tela e há quem se arrisca em dizer que este é o seu melhor trabalho de toda sua carreira. 

PÂMELA EURÍDICE – “MARE OF EASTTOWN” 

Queria poder fazer um pódio com séries que me chamaram atenção durante o ano, mas destaco aqui Mare por ser uma produção fria, instigante e por trazer aspectos da sua narrativa – o thriller policial – que já atraíram atenção no passado e não conseguiram mais se firmar no cinema, é o caso de pequenos vestígios, contudo encontram abrigo para sua expansão na produção seriada. Temos aqui mais uma vez também o talento de Kate Winslet associado a uma trama envolvente que te faz navegar por aquele universo de crime em cidade pequena. Tudo isso quebrando algumas convenções como a visão romantizada, etária e a própria resolução de conflitos. Se este fosse um pódio, acrescentaria também Missa da Meia Noite e Maid, duas séries que me chamaram atenção durante o ano. 

REBECA ALMEIDA – POR TRÁS DE SEUS OLHOS 

Escondida entre os numerosos títulos da Netflix esse ano, ‘Por trás dos seus olhos’ é uma minissérie extremamente bem desenvolvida. Ela aprofunda uma temática não usual e um bom plot twist, ambos trabalhados para criar uma história que prenda o público e desenvolva bem os personagens. 

VEJA AS LISTAS DE SÉRIES DE 2017 A 2020: