A MELHOR SÉRIE DE 2020
‘NORMAL PEOPLE’ – 2 VOTOS
Confira as listas de 2019, 2018, 2017.
Saiba quais foram os votos da equipe do Cine Set:
Caio Pimenta – ‘Sob Pressão: Plantão Covid’
“Sob Pressão: Plantão Covid” pode não ter a engenhosidade de “O Gambito da Rainha”, o charme quase novelesco da trama de “The Crown” ou a qualidade de “Better Call Saul”, a maior série da atualidade. Porém, a produção estrelada pela brilhante Marjorie Estiano trouxe um pouco do desespero trazido pela pandemia da COVID-19 com suas histórias de sacrifícios e coragem de médicos no pior dos cenários. Ainda que tenha sido leve perto da realidade enfrentada nos hospitais públicos e privados, os dois episódios ficam como uma obra de um período tragicamente histórico.
Camila Henriques – “The Crown” – 4a Temporada
O estudo de personagem proposto por Peter Morgan se ampliou nesta temporada. Ao que começamos a acompanhar alguns dos personagens mais famosos da história recente britânica, “The Crown” ganhou fôlego. Destaque para Jack O’Connell, que cria um Charles complexo e crível a ponto de irritar a Família Real “da vida real”, para uma Olivia Colman totalmente à vontade e para o trabalho de caracterização reservado a Emma Corrin e Gillian Anderson.
Danilo Areosa – “Normal People”
Em um ano pandêmico que mexeu com os nervos e com a saúde mental da população, uma série britânica bateu forte no coração para alimentar a “carentena”: Normal People. Produzida pela BBC/Hulu e disponível na plataforma do Starzplay, a série inspirada no livro homônimo de Sally Rooney e roteirizada pela própria escritora, relata os encontros e desencontros de um jovem casal irlandês, mostrando o seu romance desde o colegial até a saída da faculdade. Normal People encanta pela sensibilidade em que discute o relacionamento amoroso entre dois jovens que se amam, mas devido suas inseguranças pessoais ficam fadados ao desamor por não conciliarem os seus demônios interiores. Como a grande maioria das séries britânicas, há uma enorme coragem de mostrar cenas de sexos (e são várias) de forma erótica e sensual, sem ser vulgar. Dividida em doze capítulos (cada episódio com duração de aproximadamente 30 minutos) e com alguns deles dirigidos por Lenny Abrahasom (de O Quarto de Jack), a série ainda apresenta uma química espetacular entre Daisy Edgar-Jones e Paul Menescal (indicado ao Emmy). Normal People retrata o romance como ele deve ser: aquele que liberta e transforma.
Henrique Filho – “The Boys” – 2ª Temporada
Mais um ano que passa e dá pra contar nos dedos o número de séries que assisti. Sim, eu não assisti “The Mandalorian”, provavelmente essa série poderia estar aqui. Mas vou colocar o segundo ano de The Boys como minha indicação.
Para aprender como se faz algo adulto com a galera de collant colorido, Zack Snyder devia dar uma olhada nesta produção da Amazon. Absurda, grotesca e politicamente instigadora, a série consegue sintetizar muito bem o material criado por Garth Ennis, atualizá-lo e deixar ainda superior ao material de origem (bem melhor que a HQ). Detalhe o criador do material já deixou claro que odeia super-heróis assim como o seu protagonista Billy Butcher (Karl Urban).
Destaque eu deixo para o episódio 7 que explodiu cabeças. E para a cena de abertura em que Stormfront resume o documentário “O Dilema das Redes” em dois minutos criando um “gado”.
Ivanildo Pereira – “Better Call Saul” – 5a Temporada
Num ano difícil em que as séries ajudaram a entreter e distrair pessoas em todo o mundo, não faltaram grandes produções nos principais streamings e redes. No entanto, em minha opinião, nada superou a quinta temporada de Better Call Saul – a melhor da série até agora. Suspense, tensão, sarcasmo e desenvolvimentos interessantíssimos e até inesperados (Kim!) fizeram dessa série veterana a melhor atração televisiva do ano, aliando riqueza visual e roteiros meticulosamente construídos. Cada episódio é especial do ponto de vista visual e de história, é uma coisa realmente impressionante. Sinceramente, a série ainda parece meio subvalorizada por aí, e já que a próxima temporada será o fim, quanto mais alardearmos as qualidades incríveis de Better Call Saul para quem por ventura ainda não a descobriu, melhor.
Menções honrosas: as minisséries dramáticas I Know This Much is True da HBO, e O Gambito da Rainha, da Netflix.
Lorenna Montenegro – “Normal People”
Pâmela Eurídice “Dark” – 3ª Temporada
2020 nos entregou grandes produções seriadas. “I May Destroy You”, “Lovecraft Country”, “The Mandalorian” são alguns bons frutos dessa safra. No entanto, a primeira série alemã original Netlfix chegou ao seu último ano resolvendo os mistérios que nos prenderam a Winden e abrindo novas interrogações para compreendermos o universo de Baran Bo Odar e Jantje Friese. O resultado é a melhor atração do streaming e um dos finais de série mais memoráveis da última década.
Agora, além de não escutarmos mais “What a Wonderful World” da mesma forma, temos o real significado de final agridoce.
Rebeca Almeida – ‘Bom dia, Verônica’ – 1a Temporada
Não é nenhum mistério que ‘Dark’ se tornou rapidamente uma das minhas séries favoritas e, mesmo deixando algumas perguntas em aberto (como eu esperava), sua temporada final esse ano é realmente memorável. Mas, mesmo com meu coração torcendo pela produção alemã, a série que não sai da minha cabeça é ‘Bom Dia, Verônica’. Por ser baseada num livro de autores brasileiros – os quais também participaram da produção e roteiros da série – sua narrativa é hábil em retratar diversas temáticas pertinentes ao Brasil com o enfoque certeiro na violência contra a mulher. E é claro que a trama viciante e as atuações inesquecíveis do trio protagonista consagram a série como um dos destaques merecidos de 2020.
Menções honrosas: Coisa mais linda, 3%, I may destroy you, Eu nunca, A maldição da mansão bly, Away, Sob pressão: Plantão Covid.