“Noites Brutais” apresenta uma nova roupagem e modernização ao slasher, um gênero desgastado e que, muitas vezes, fora repetitivo com o passar dos anos. Zach Cregger, soube muito bem, usar e abusar de humor, bizarrices com atuações, no mínimo, interessantes.

No primeiro ato em que Tess (Georgina Campbell) chega na casa em que alugou e se depara com um hóspede, a espera do suspense é convicta, cativando os olhos do telespectador a imaginar qual será o próximo passo. As coisas demoram a acontecer, porém, o roteiro e os belos diálogos entre Tess e Keith (Bill Skarsgård) ajudam a ficarmos pregados na tela.

Vale muito ressaltar a atuação de Bill, o qual já fizera um excelente papel em “O Diabo de Cada Dia”; aqui, ele se mostra versátil e com comportamentos distintos, naturalmente convincentes. O segundo ato, começa de uma maneira inversa ao primeiro, com um ensolarado cenário, dando um contraste pitoresco.

RESGATE NECESSÁRIO

A ousadia talvez seja o comediante Justin Long. Uma sacada que poderia dar muito errado explorando um outro lado de atuação do ator, mas que, mesmo com um humor ácido, consegue altas notas de emoções e convence de maneira genuína no papel. O suspense alcançado na obra se dá conta de que deixar o melhor para o final é uma ótima sacada do diretor.

O ponto baixo fica quando “Noites Brutais” se mete a tentar explicar os motivos do antagonista de fazer o que faz. Tudo soa vago e confuso. Ainda assim, pouco importa para o sucesso do longa, uma obra genial que resgata e inova o terror, um gênero repetitivo e desgastado com o passar dos anos, salvando e reinventando um novo jeito de fazer filmes desse gênero.