De Marlon Brando a “Um Estranho no Ninho”, Caio Pimenta apresenta o TOP 10 dos maiores momentos da história do Oscar na década 1970.

10. VITÓRIAS DE “UM ESTRANHO NO NINHO”

Se dominar o Oscar em anos não tão fortes como fizeram “Amadeus”, “Titanic” e “Nomadland” já é um feito enorme, imagina quando você arrasa com tudo e todos quando seus principais rivais são obras-primas?

Foi o que vez “Um Estranho no Ninho” em 1976. 

Afinal, o clássico do Milos Forman conquistou cinco das maiores categorias da premiação: Melhor Filme, Direção, Ator com Jack Nicholson, Atriz com a Louise Fletcher e Roteiro Adaptado.

Isso superando “Barry Lyndon”, grande drama de época de Stanley Kubrick, “Um Dia de Cão”, ótimo policial do Sydney Lumet, “Tubarão”, o pontapé inicial da era dos blockbusters do jovem Steven Spielberg, e “Nashville”, musical da lenda Robert Altman. 

O Oscar 1976 está na lista das melhores edições da premiação. O vídeo deste TOP 10 está com o link na descrição. 

9. ENCONTRO DE STALLONE E ALI 

O Oscar 1977 reuniu duas lendas – uma do cinema e a outra do boxe – no palco do Dorothy Chandler Pavillion. 

Sylvester Stallone apareceu na festa para anunciar a ganhadora de Melhor Atriz Coadjuvante.

De repente, surge no fundo do palco Muhammad Ali, o maior boxeador de todos os tempos.

Os dois fingem uma discussão para em seguida encenar um duelo entre o campeão dos pesos pesados e Rocky Balboa.

No final, eles anunciam a vitória da Beatrice Straight, por “Rede de Intrigas”. 

Certeza que foi tudo armado, mas, quem nunca teve um sonho de ver o duelo entre Rocky e Ali? O Oscar, pelo menos, deu esse gostinho para a gente. 

8. HOMENAGEM À MARY PICKFORD 

A Mary Pickford foi uma gigante nos primórdios do cinema americano no início do século XX.

Superando todo o machismo da época, ela não apenas brilhou nas telas como, principalmente, teve importância enorme fora dela ao ser uma das fundadoras do estúdio United Artists e ser um nome fundamental para a formação da Academia. 

Essa trajetória foi homenageada na edição de 1976. 

A Academia foi até a mansão espetacular da estrela mostrando com bastante detalhes todo o lugar até chegar a Pickford. Sentada em uma cadeira e visivelmente debilitada, ela recebeu a estatueta do Oscar e agradeceu a Academia visivelmente emocionada. 

Vale lembrar que Mary Pickford foi uma das primeiras vencedoras da categoria de Melhor Atriz pelo filme “Coquette”. 

7. OSCAR PÓSTUMO DE PETER FINCH 

O único Oscar póstumo da categoria de Melhor Ator veio em 1977. 

Peter Finch brilhou com uma atuação furiosa no excelente “Rede de Intrigas”. No dia 14 de janeiro, ele faleceu aos 60 anos, vítima de um ataque cardíaco.

Dois anos depois, ele se sagrou o vencedor de Melhor Ator e a viúva Eletha Finch e o produtor Paddy Chayefsky receberam a estatueta em nome de Finch. 

6. APARIÇÃO DE KATHARINE HEPBURN 

Apesar de ser a maior vencedora do Oscar de Melhor Atriz com quatro estatuetas, a Katharine Hepburn nunca apareceu na cerimônia para receber uma das estatuetas. Ela simplesmente não tinha paciência para todo aquele glamour hollywoodiana de tapete vermelhos, fotos, vestidos pomposos. 

Porém, em 1974, ela quebrou essa tradição do Oscar. 

Ao subir ao palco, Hepburn foi aplaudida de pé pela plateia, a qual ficou atônita em vê-la no Oscar.

Ela brincou agradecendo que ninguém havia dito que já era hora dela aparecer. Logo em seguida, Hepburn anunciou o prêmio Irving Thalberg para Lawrence Weingarten, amigo e produtor de clássicos estrelados por ela como “A Costela de Adão”. 

5. O DISCURSO DE VANESSA REDGRAVE 

A Vanessa Redgrave provocou polêmica na noite do Oscar 1978 ao receber o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por “Julia”. 

A britânica fazia um discurso de agradecimento normal saudando Jane Fonda e o diretor Fred Zinnerman.

Na reta final, porém, ela criticou um pequeno grupo de sionistas que protestaram ferozmente contra ela pelo fato da atriz ter se envolvido em um documentário pró-Palestina.

Pouco depois na cerimônia, o roteirista Paddy Chayefsky, de “Rede de Intrigas”, reclamou de vencedores que usam o palco do Oscar para discursos políticos. 

A confusão não afetou a Redgrave no Oscar: ela foi indicada outras duas vezes e ainda foi homenageada pela Academia em 2011. 

4. SPIELBERG ESNOBADO 

O quarto lugar da lista é um mico e nem aconteceu durante a cerimônia do Oscar. 

Steven Spielberg estava para lá de confiante de que seria indicado a Melhor Direção por “Tubarão”.

Chegava ao ponto dele até chamar uma equipe para filmar a reação dele com os amigos já vestidos na beca para celebrar.

Porém, após o término dos nomeados sem o nome dele, Spielberg até tentou tirar uma onda repetindo que ‘não foi indicado’, mas, a carinha não escondeu a frustração e a raiva. 

A primeira indicação do Spielberg ao Oscar de Direção somente veio dois anos depois com “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”.  

3. PELADÃO NO OSCAR 

Sexo, drogas e rock n roll: esse foi um lema para lá de popular nos anos 1960 e 1970 mundo afora. Era a época dos hippies, do movimento paz e amor. E teve gente que se empolgou no Oscar. 

O David Niven se preparava para anunciar a entrada da Elizabeth Taylor na cerimônia. Do nada, um sujeito completamente pelado passa atrás do apresentador correndo. 

O peladão era o fotógrafo Robert Opel que entrou para zoar mesmo. Há boatos, não confirmados até hoje, de que seria uma armação com a produção da festa para aumentar a audiência. De qualquer modo, ficou para a história. 

2. RECUSA DE MARLON BRANDO 

O Marlon Brando era tão genial como ator quanto era difícil de lidar. E o Oscar aprendeu isso muito bem em 1972. 

Esperava-se uma celebração ao astro pelo inesquecível Don Corleone de “O Poderoso Chefão” e a vitória mais do que certa em Melhor Ator.

Porém, o Brando não apenas não foi à cerimônia como recusou a estatueta. No lugar dele, apareceu uma ativista indígena que cobrava uma maior participação da população nativa dos EUA nos cinemas e na televisão. 

Além do Marlon Brando, o George C. Scott, de “Patton”, também receber o Oscar de Melhor Ator. Isso aconteceu no ano anterior e, 1971. 

1. HOMENAGEM A CHARLIE CHAPLIN 

Hoje em dia, o Chaplin é uma unanimidade no mundo do cinema. Foi um dos raros casos de artista capaz de transitar entre o erudito e o popular, agradar da elite ao mais pobre da mesma forma. Porém, o Oscar demorou muito para reconhecer o talento deste mestre. 

Na primeira edição, em 1929, o Charlie Chaplin até chegou a ser indicado a Melhor Ator e Diretor por “O Circo”, porém, a Academia o retirou da disputa para dar um prêmio especial pelo trabalho considerado como genial e versátil. Depois disso, só foi nomeado em 1941 por “O Grande Ditador”, porém, ele perdeu Melhor Filme, Direção e Ator. Por “Monsieur Verdoux”, foi nomeado em Roteiro Original na edição de 1948. 

Depois, veio a perseguição maccarthista contra o Chaplin, acusado de ser simpatizante do comunista em solo americano. Com isso, ele decidiu sair dos EUA em um autoexílio. Ele só foi voltar para o país o Oscar de 1972. 

A Academia entregou um prêmio honorário para o Chaplin pelo conjunto extraordinário da obra. A homenagem foi tão importante que ocorreu após o anúncio do ganhador de Melhor Filme, algo inédito até então. Muito emocionado, o gênio foi econômico nos agradecimentos, mas, como fez nos cinemas, disse tudo com o seu olhar e expressões. 

No ano seguinte, em 1973, o Chaplin venceu a categoria de Melhor Trilha Sonora Original em Filmes de Drama por “Luzes da Ribalta”. A produção é originalmente de 1953, mas, só foi ser lançado em Los Angeles duas décadas depois, sendo elegível para a disputa. 

Especial Oscar: Os Meus Favoritos da Edição 2019

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