De Gary Oldman a Michael Keaton, Caio Pimenta traz um TOP 10 com atuações masculinas que não sorte no Oscar.

10. GARY OLDMAN, POR “O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS”

O décimo lugar deste TOP 10 ocorreu há 10 anos.  

O Jean Dujardin já se credenciou ao Oscar 2012 no ano anterior quando ganhou a categoria em Cannes.

A temporada de premiações consolidou o francês que não deu a menor chance para seus concorrentes, incluindo, o Gary Oldman e sua atuação meticulosa em “O Espião que Sabia de Demais”.

De forma discreta, ele rouba a cena nesta ótima adaptação do John le Carré. 

 9. NICOLAS CAGE, POR “ADAPTAÇÃO”

Já em 2002, tivemos uma corrida bem forte rumo ao Oscar de Melhor Ator com o Adrien Brody e o Daniel Day-Lewis disputando a estatueta até a reta final.

No fim, a vitória ficou com a estrela de “O Pianista”.

É uma pena que, no meio deste embate, tivemos o Nicolas Cage, brilhante em “Adaptação” ao viver o Charlie Kaufman e o irmão gêmeo ficcional dele.

É o famoso caso de que a indicação já era uma vitória, mas, não custava nada, ele ter alguma chance de vitória, pois, ele merecia. 

8. FRANK LANGELLA, POR “FROST/NIXON”

Outro duelo polarizado no Oscar veio de 2009 com o Sean Penn e o Mickey Rourke, deixando, infelizmente, a grande atuação do Frank Langella como Richard Nixon em segundo plano.

7. JOHNNY DEPP, POR “PIRATAS DO CARIBE”

Já o lendário Jack Sparrow de Johnny Depp no primeiro “Piratas do Caribe” surpreendeu ao levar o SAG, porém, na Academia, foi engolido pelo Sean Penn, de “Sobre Meninos e Lobos”. 

 Hoje em dia, acho difícil o Depp voltar a ser indicado ao Oscar. 

 6. DANIEL DAY-LEWIS, POR “TRAMA FANTASMA”

O sexto lugar ficou com uma lenda do cinema. 

Em 2018, o Daniel Day-Lewis poderia ter ampliado ainda mais a vantagem de ser o maior ganhador da categoria de Melhor Ator com “Trama Fantasma”, no qual interpreta o estilista Reynolds Woodcock.

A Academia, claro, resolveu premiar mais uma atuação vinda de cinebiografia, no caso, o Gary Oldman como Winston Churchill no sonolento “O Destino de uma Nação”.

5. LEONARDO DICAPRIO, POR “O LOBO DE WALL STREET”

Crítica: O Lobo de Wall Street

“O Lobo de Wall Street” foi mais uma das derrotas do Leonardo DiCaprio antes de, finalmente, vencer o Oscar. E de todas, esta foi a mais doída, afinal, o astro se supera e mostra uma bem-vinda faceta cômica neste filmaço do Martin Scorsese. Sorte do Matthew McConaughey, vencedor por “Clube de Compras Dallas”.

4. RUSSELL CROWE, POR “O INFORMANTE”

No ano de 2000, o Kevin Spacey foi dominante durante toda a temporada com “Beleza Americana” não deixando absolutamente nada para a excelente e angustiante atuação do Russell Crowe em “O Informante”. 

 3. JESSE EISENBERG, POR “A REDE SOCIAL”

O pódio se causa com um resultado que causa sentimentos dúbios em muita gente até hoje. 

De um lado, a simpatia e o talento do Colin Firth tornam “O Discurso do Rei” um filme menos burocrático, sendo ele facilmente um dos pontos altos do drama de época.

Por outro, como não premiar Jesse Eisenberg e sua construção fria, analítica e irônica em “A Rede Social”?

Por mais que se diga que o ator carrega estas características desde lá, aqui, na obra-prima de David Fincher, o estilo se encaixa perfeitamente. 

 2. DAVID STRATHAIRN, POR “BOA NOITE, BOA SORTE”

Talvez nada se encaixe tão bem na proposta desta lista de reconhecer grandes atuações que ficaram no meio do caminho do que citar uma nem tão lembrada assim. 

2006 foi o ano de consagrar o saudoso Philip Seymour Hoffman e o seu cuidadoso trabalho em interpretar Truman Capote.

Ao mesmo tempo, se a estatueta fosse parar nas mãos do David Strathairn, de “Boa Noite, Boa Sorte”, seria um resultado ainda assim justo.

Afinal, o ator incorpora a firmeza e seriedade de Edward R. Murrow, dando a dimensão da credibilidade do jornalista já em poucos segundos em cena.  

E o discurso final com a marcação precisa da fala, a entonação perfeita e a força do olhar é realmente espetacular. 

1. MICHAEL KEATON, POR “BIRDMAN” 

O primeiro lugar deste TOP 10 vem da cerimônia de 2015.  

“Birdman” é uma saraivada de críticas ao status quo de Hollywood e ao cenário cultural norte-americano.

Tudo isso trazido pela fúria de Michael Keaton como um ator em decadência após viver um super-herói nos cinemas.

Isso, porém, não foi suficiente para vencer o Eddie Redmayne que interpreta Stephen Hawking na cinebiografia “A Teoria de Tudo”, produção moldada para ganhar o Oscar ao trazer a transformação física do jovem ator em uma história bonita de superação.  

Maior ironia do que esta é impossível.