Chegou a hora de falar do maior vencedor da categoria de Melhor Ator: Daniel Day-Lewis conseguiu seis indicações e levou a estatueta em três ocasiões. 

Nada mais do que justo a um dos maiores de todos os tempos; um intérprete que se entregava de maneira completa aos seus personagens e trabalhou sempre em alto nível com os nomes mais importantes da indústria. 

Neste vídeo, eu analiso da pior à melhor indicação do Day-Lewis, além da maior esnobada que ele sofreu da Academia. 

6. EM NOME DO PAI 

Dizer que “Em Nome do Pai” é a pior ou a mais fraca indicação do Daniel Day-Lewis é até um crime ao cinema.

Afinal, é uma atuação tão excelente que só consigo dizer, me perdoem o termo, a “menos melhor”. 

No longa do Jim Sheridan, o Day-Lewis faz um ingênuo e empolgado jovem irlandês sendo acusado injustamente de um atentado à bomba que matou cinco pessoas.

A transformação dele em um cara revoltado e, posteriormente, determinado em conseguir justiça é força da produção, enquanto a dobradinha com o Pete Postlethwaite emociona o público. 

O Day-Lewis acabou perdendo o Oscar de 1994 para o Tom Hanks, por “Filadélfia”. 

5. LINCOLN 

O Oscar que rendeu o recorde de vitórias em Melhor Ator para o Daniel Day-Lewis veio em 2013. 

O astro confere um tom solene a Abraham Lincoln criando uma figura mítica ao ex-presidente dos EUA.

A forma comedida de se impor com muita elegância e sabedoria combina bem com a proposta questionável pensada por Steven Spielberg.

O filme pode ter vários problemas, mas, certamente, Day-Lewis não é um deles. 

4. TRAMA FANTASMA 

O possível último trabalho da carreira do ator rendeu a sexta indicação do ator ao Oscar. 

Em “Trama Fantasma”, o Day-Lewis volta a uma nova dobradinha com o Paul Thomas Anderson. Interpretando o estilista Reynolds Woodcock, ele constrói uma sedutora teia de manipulação, domínio e submissão com as personagens da Lesley Manville e a Vicky Krieps.

Mais um trabalho elegante e impecável. 

O vencedor do Oscar 2018 de Melhor Ator foi o Gary Oldman e todo seu Oscar bait ao interpretar o Winston Churchill em “O Destino de uma Nação”. Para mim, um resultado bem injusto. 

3. GANGUES DE NOVA YORK 

Se “Gangues de Nova York” não cumpre toda a expectativa gerada por ele, o Daniel Day-Lewis mostra aquilo que o épico do Martin Scorsese poderia ter sido. 

Afinal, o ator está fantástico como o psicopata Bill, o Açougueiro. Quando está em cena, ele domina todo o espaço e chama para si a atenção do espectador.

É fácil compreender como o personagem dele possui o que poder que tem sobre aquela sociedade. Azar do Leonardo DiCaprio que se torna coadjuvante da história que deveria ser o protagonista. 

Em 2003, o Day-Lewis perdeu a disputa de Melhor Ator para o Adrien Brody, de “O Pianista”. São duas interpretações espetaculares e, na boa, quem ganhasse estaria de bom tamanho. 

2. MEU PÉ ESQUERDO 

Atuações de entrega física absurda são costumeiras no Oscar, porém, o Day-Lewis elevou para um outro patamar em “Meu Pé Esquerdo”. 

No longa do Jim Sheridan, o ator consegue transmitir a luta do protagonista para continuar ativo como ser humano de forma visceral.

A exigência física é perceptível a cada movimento de Day-Lewis, conquistando o público de imediato para aquele personagem.

O grau de intensidade foi tamanho que ele chegou a quebrar costelas durante as gravações. 

Vitória indiscutível em Melhor Ator no Oscar de 1990. 

1. SANGUE NEGRO 

A maior atuação do Daniel Day-Lewis indicada ao Oscar também rendeu a segunda estatueta dele. 

Como Daniel Plainview em “Sangue Negro”, o britânico incorpora a personificação do capitalismo com toda sua ganância, falta de escrúpulos e, consequentemente, a loucura da solidão.

Day-Lewis traz uma fúria que ora está no subtexto de uma fala destilada de segundas intenções ora na explosão intempestiva contra o personagem de Paul Dano.

É uma atuação perfeita. 

A MAIOR ESNOBADA – “O ÚLTIMO DOS MOICANOS” 

Difícil apontar qual foi a maior esnobada do Daniel Day-Lewis no Oscar. Afinal, a maior parte dos grandes trabalhos dele foram indicados. Porém, para escolher, fico com um filme de 1993. 

Dirigido pelo Michael Mann, o astro é o protagonista de “O Último dos Moicanos”. No longa, ele interpreta um nativo dos EUA que se apaixona pela filha de um oficial britânico durante a guerra entre a França e Reino Unido pelas terras na América do Norte. 

 O Day-Lewis poderia ter sido indicado ao Oscar em 1993 e teria tirado o Stephen Rea, por “Traídos Pelo Desejo”, para nomeá-lo.