Pela terceira vez na carreira, Quentin Tarantino recebe o Globo de Ouro de Melhor Roteiro. Premiado por “Pulp Fiction” e “Django Livre”, o diretor/roteirista, agora, vence por “Era uma vez em Hollywood”, superando rivais pesos-pesados como “O Irlandês”, “História de um Casamento” e “Parasita”.
Em “Era uma vez em Hollywood”, Tarantino volta a reescrever a história, desta vez, a partir do brutal assassinato da atriz Sharon Tate pela seita comandada por Charles Manson. O roteiro, entretanto, expande o raio de ação da trama para ser um verdadeiro passeio na Hollywood do fim dos anos 1960 através do astro decadente Rick Dalton e do dublê Cliff Booth.
Esse caminho sem uma história necessariamente por contar, brincando com fatos históricos, homenageando Tate e a indústria do cinema fazem do longa uma das jornadas mais bonitas, fascinantes e serenas da carreira de Tarantino. Mesmo com trabalhos excepcionais na concorrência, é uma vitória justissíma.
Mirando o Oscar, “Era uma vez em Hollywood” segue mostrando como caiu nas graças da indústria. Até agora, conseguiu indicações em todos os prêmios e categorias que se acreditava capaz de obter. Há também a narrativa em torno de Tarantino nunca ter vencido Melhor Filme ou Direção. Tudo isso torna o projeto um forte candidato a ser batido nesta temporada de premiações.